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UNESP DE MARILIA | Estudantes da Unesp de Marília realizam entraço no Restaurante Universitário

Na semana retrasada, mais exatamente no dia 31/03, os estudantes da Unesp de Marília realizaram uma Assembleia Geral de Estudantes, onde deliberaram pelo entraço no Restaurante Universitário. Essa tática, que é histórica no movimento estudantil, consiste na entrada dos estudantes no RU sem pagar, onde os mesmos servem a comida enquanto dialogam com os demais estudantes sobre a situação do restaurante e outras demandas do movimento estudantil. Também foram realizadas falas e distribuição de panfletos nesse sentido.

quinta-feira 14 de abril de 2016 | Edição do dia

O RU da unidade está sem jantar desde o ano passado e desde o dia 12/04 até o dia 29/04 o número de refeições foram reduzidas de 300 para 200. Isso porque o diversos trabalhadores precisaram ser afastados ou tiraram licença por estarem com problemas de saúde devido à sobrecarga de trabalho. A direção da unidade disse que não é possível repor o quadro de funcionários porque a universidade não está contratando, e isso só poderia ser feito por via da terceirização do setor, o que acarretaria uma piora nas condições de trabalho, menores salários e o aumento no preço das refeições. Enquanto isso, os trabalhadores seguem trabalhando precariamente e os estudantes enfrentando filas enormes e muitas vezes ficando sem comer.
No ano de 2013, foi conquistada a ampliação de toda a estrutura do prédio do restaurante, o que até agora não saiu do papel. Enquanto isso, demanda só cresce, principalmente porque, com o aumento das cotas, aumentou também o número de pessoas que necessitam dessa política de permanência estudantil para se manter na universidade. Como resultado disso, as filas para a compra adiantada do ticket só crescem, assim como a “fila dos desesperados”, como é chamada pelos estudantes, que é a fila formada após a venda de todos os tickets para tentar comer caso a comida sobre.
Esta situação não está colocada apenas para a unidade de Marília. Diversos outros campi estão tendo o número de refeições reduzidas e/ou o valor da refeição aumentado, como é o caso de Jaboticabal, Assis e Franca, para citar alguns. Além disso, os estudantes estão tendo outros problemas com a permanência estudantil, como é o caso das moradias precarizadas e superlotadas, a falta de vagas para filhos e filhas de estudantes e a falta de bolsas e auxílios permanência. Por essas demandas os campi já começam a se mobilizar, como é o caso de [Ourinhos, Franca http://www.esquerdadiario.com.br/Estudantes-da-Unesp-de-Ourinhos-e-de-Franca-fazem-paralisacao-esta-semana-por-permanencia] e [Assis http://esquerdadiario.com.br/Estudantes-da-Unesp-de-Assis-paralisam-as-atividades-hoje].
O Restaurante Universitário foi conquistado com muita luta dos estudantes, assim como a garantia de que ele não fosse terceirizado. A volta do jantar, a garantia da ampliação e de que não será terceirizado só será viável também com muita luta, principalmente se pensamos no atual contexto de crise, cortes e precarização da educação pública.




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