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Estudantes da Unesp SJC debatem contradições do sistema político nacional

Em atividade organizada pelo Coletivo Elo, a candidata Maíra Machado esteve na Unesp de São José dos Campos em uma roda de conversa para debater o panorama político no país, fortalecer idéias de uma nova concepção de sociedade, e apresentar a sua candidatura anti-capitalista nestas eleições.

sábado 15 de setembro de 2018 | Edição do dia

Nessa quinta-feira a candidata Maíra Machado esteve na Unesp de São José dos Campos em uma roda de conversa organizada pelo Coletivo ELO e intermediada pelo historiador e professor de pós-graduação na UNITAU, Carlos Eduardo Daniel, @CaduLorena no twitter, ativista dos movimentos sociais e da causa LGBT e colaborador do Esquerda Diário.

A atividade, composta por mulheres, ativistas LGBTs, negras e negros, trabalhadores, independentes e algumas correntes políticas, iniciou com uma aula-introdução sobre a estrutura do sistema político brasileiro, o panorama histórico e o cenário atual da política no país.

No momento em que o debate se abriu, várias intervenções interessantes contribuíram para que a discussão fosse dinâmica, nesse sentido, a candidata Maíra Machado fez um paralelo das lutas políticas e eleitorais que vêm ocorrendo na Argentina através da FIT (Frente de Esquerda e dos Trabalhadores), e a forma como a unidade entre setores da esquerda se dá de forma concreta, por meio da atuação nas principais lutas dos trabalhadores. Além disso, usou o exemplo da FIT para ilustrar a concepção de atuação no parlamento que apresenta sua campanha, combinando as ações de gabinete e a presença em cada uma das lutas nas ruas, pois acredita que para garantir cada demanda da população é necessária a mobilização.

Também destacou a necessidade da auto-organização dos setores oprimidos, como as mulheres em luta contra o machismo no mundo todo, destacando a mobilização que vem ganhando força em torno do rechaço das mulheres em relação ao candidato a presidência Bolsonaro, machista, misógino, racista, e reacionário declarado.

Maíra propôs ainda, que assim como os políticos, os juízes também deveriam ser eleitos, e ambos terem cargos que fossem revogáveis e que ganhassem o mesmo salário que uma professora, pelo mínimo do Dieese (R$3.585,00), e que todo julgamento por corrupção fosse realizado por júri popular.

Mesmo não compactuando com a política do PT, Maíra frisou que defende de forma intransigente o direito da população votar em quem quiser. No entanto, o programa apresentado por ela pretende superar pela esquerda a experiência petista que segue apostando na conciliação de classes, para isso, é preciso batalhar para recuperar os sindicatos e entidades estudantis burocratizadas para desenvolver um movimento independente, e realmente da classe trabalhadora, contra a agenda de ajustes e ataques que vêm para descarregar os efeitos da crise nas costas dos trabalhadores.

Iniciativas desse tipo, atividades de reflexão e debate como essas, são importantes instrumentos de construção coletiva de uma nova concepção de sociedade, por acreditar nisso, Maíra Machado esteve presente e conversando com os estudantes para apresentar as ideias de sua candidatura anti-capitalista nestas eleições, como parte de fortalecer a luta dos trabalhadores, colocando em primeiro lugar a demandas dos setores mais oprimidos e explorados da sociedade, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.




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