terça-feira 4 de agosto de 2015 | 00:34
Em meio a uma série de ataques aos direitos das mulheres e LGBTs vindo tanto do governo Dilma, que rifa nossos direitos em troca de acordos com a bancada reacionária e fundamentalista, mas também de setores como Eduardo Cunha e Jair Bolssonaro é necessário colocar de pé um grande movimento de mulheres e LGBTs que sai às ruas na luta pelos seus direitos. E foi nesse sentido que estudantes da USP, militantes da Juventude às Ruas e do Pão e Rosas se reuniram pra articular a construção do encontro entre os estudantes da universidade.
“Queremos que o espírito desse encontro seja um espírito libertário, que vise romper com todas as cadeias de opressão e exploração que o capitalismo impõe as nossas vidas. Queremos que cada LGBT e cada mulher que construa esse encontro conosco saia fortalecido desse espírito e dispostos a construir um grande movimento que tome às ruas na luta por nossos direitos”, declarou William Garcia, LGBT militante da Juventude às Ruas.
Um dos grandes temas do encontro será a questão da Identidade de Gênero e como armar um plano para a aprovação da Lei João Nery. Na USP para se ter direito ao nome social trans e travestis precisam lidar com processos ultra burocráticos e ainda correm o risco de não terem o nome no qual se identificam aceitos pela burocracia acadêmica. Outra dura realidade são os banheiros com pichações transfóbicas. Pensando nisso foi discutido a proposta de realização de um sarau contra a transfobia e uma intervenção artística nesses banheiros, denunciando a situação das milhares de trans e travestis dentro e fora da universidade.
Os casos de violência as mulheres e LGBTs, tão em pauta dentro da universidade, também será um dos temas do encontro, assim como a terceirização que humilha divide e escraviza e tem rosto de mulher. E com o aumento da precarização pela aprovação de leis como a PL4330, o PPE e as MPs de Dilma é a preparação para um futuro cada vez mais precarizado para milhões de jovens mulheres e LGBTs.
“O encontro vem no sentido de preparar centenas de mulheres e LGBTs discutindo a opressão que permeia nossas vidas, mas também a necessidade de nos fortalecermos e buscarmos uma saída para a crise do PT e impedir o ascenso da direita conservadora e reacionário, de Cunha, Bolssonaro e outros. Queremos construir uma alternativa real para milhões de mulheres e LGBTs, uma alternativa a serviço dos trabalhadores e da juventude. Na USP vamos organizar um seminário debatendo a fundo nossas ideias como preparação do encontro, além de exposições de fotos, intervenções artísticas e culturais. Queremos o espírito libertador da juventude de maio de 68 seja o espírito da preparação e da realização desse importante evento”, comenta Odete Cristina, militante do Pão e Rosas e da Juventude às Ruas
