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Transportes e UERJ | Estudantes da UERJ tem rotina de aulas dificultada pela diminuição da frota de ônibus no RJ

Alterações nos horários dos ônibus e redução da frota prejudica estudantes do noturno da universidade para cidades da Região Metropolitana como São Gonçalo e Niterói. Junto a isso se soma o sucateamento dos trens da Supervia, que também sofrerão um aumento absurdo da passagem. É preciso na universidade uma batalha consequente pela manutenção de linhas com horários pré-pandemia, o passe livre intermunicipal e a estatização dos transportes sob controle dos trabalhadores.

Gustavo LontraEstudante de Matemática da UERJ

terça-feira 22 de março de 2022 | Edição do dia

Imagem/Reprodução

O transporte público é parte essencial do deslocamento de grandes cidades e Regiões Metropolitanas, como a do Rio de Janeiro. Para estudantes, são parte essencial para conseguir assistir às aulas. Porém, neste retorno semipresencial diversos estudantes estão tendo enormes dificuldades para chegarem à universidade, devido sobretudo ao corte de linhas, mas também pelo aumento das passagens de linhas intermunicipais. Diversas linhas tiveram reajuste de 10%, assim como de outros modais essenciais ao carioca, como as barcas, os trens e o metrô, que também aumentaram as suas tarifas.

Durante a pandemia, os horários dos ônibus para a região metropolitana (São Gonçalo , Niterói, Itaboraí) foram reduzidos, fazendo milhares de estudantes da UERJ terem de recorrer a mais modais, como outros ônibus, o que encarece ainda mais o custo, ou até mesmo a Uber ou Táxi. Mesma realidade afetará os estudantes das Universidades Federais quando UFF, UFRJ e UNIRIO retomarem as aulas. A situação é grave, por exemplo, o último ônibus para o município de São Gonçalo, que terminava de circular próximo a UERJ por volta das 22 horas, agora se encerra às 20:00h(isso quando passam) bem longe dos horários onde a maioria dos estudantes saem. Algumas aulas podem terminar às 22 horas.

Os estudantes do horário noturno são os mais prejudicados. Justo na UERJ, conhecida como uma universidade que foi pioneira no ensino noturno, que possibilitou os trabalhadores conseguirem trabalhar e estudar.

Enquanto os estudantes e os trabalhadores seguem com a crise sendo descarregada em suas costas, o Governo do Estado, a Prefeitura e as empresas de ônibus não dão a mínima aos estudantes e aos trabalhadores que estão cada vez mais prejudicados pela sede de lucro dos empresários capitalistas.

Na UERJ, a Reitoria implementou um insuficiente auxílio transporte no valor de R$ 300, que dado ao alto valor das passagens para a Região Metropolitana, não consegue dar conta de todo o mês. Um detalhe é que se a direção da faculdade definir pelo ensino híbrido o valor cai para apenas R$ 50, valor absurdamente baixo que praticamente impede qualquer locomoção. Além disso, os estudantes destas outras cidades não têm acesso a algum tipo de passe livre intermunicipal/intermodal, o que se soma a carestia e a dificuldade de acesso de estudantes ao campus Maracanã.

Chamamos os centros acadêmicos e organizações de esquerda para nos somarmos a uma batalha de estudantes e trabalhadores da UERJ para garantir que tenhamos todas as linhas com os mesmo horários pré pandemia e também pelo passe livre intermunicipal e intermodal para que os estudantes consigam ir para a Universidade para que ela seja realmente inclusiva. Que o DCE chame já uma assembleia estudantil.

Para acabar com essa lógica capitalista apenas estatização dos transportes sobre controle operário e será com nossa organização e luta dentro da universidade que pode avançar para questionar os lucros dos empresários dos transportes que lucram com um direito elementar.

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