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UnB: Orgulho LGBTQIA+ | Estudantes LGBTs protagonizam VI Parada do Orgulho na UnB

Nesta quinta-feira (07/07) foi realizada na Universidade de Brasília (UnB) a VI Parada do Orgulho LGBTQIA+, protagonizada por centenas de alunes que ocuparam a universidade mostrando seu orgulho contra o conservadorismo da extrema-direita, de Bolsonaro e Damares, e a burguesia.

quinta-feira 7 de julho de 2022 | Edição do dia

A VI Parada do Orgulho LGBTQIA+, na UnB, se deu após a realização nesse final de semana da enorme Parada LGBT de Brasília, que contou com mais de 200 mil pessoas celebrando o seu orgulho e a resistência a enorme violência cotidiana sofrida por esses setores. Assim como a comemoração na cidade, também na universidade se expressou, com centenas de estudantes, a força dessa comunidade que luta cotidianamente contra o conservadorismo capitalista pela livre sexualidade e identidade de gênero.

Em um contexto reacionário, com um presidente de extrema-direita que odeia os LGBTQIA+ e demais setores oprimidos, é preciso reivindicar toda mobilização protagonizada por esses setores. Porém, é contraditório que as entidades do movimento estudantil, como os centros acadêmicos e o DCE, ao invés de organizarem a sua parada, colaborem na organização com a Reitoria, a mesma entidade que sob o comando de Marcia Abrahão cortou as bolsas permanência, atacando em primeiro lugar a garantia de permanência dos setores LGBTQIA+, como de pessoas trans, que mais dependem desses auxílios. Ou seja, a mesma entidade que é diretamente responsável pela expulsão de pessoas lgbts da universidade, é também responsável por restringir seu acesso, ao não adotar práticas como cotas para a população trans, que compõe apenas 0,3% da população universitária no país.

Nesse sentido, o intuito da Reitoria de patrocinar uma Parada do Orgulho é cooptar a potência da luta de estudantes para dentro de seus limites institucionais, rebaixando as aspirações da data, que nasceu de uma revolta. Da mesma forma que as empresas que relegam os LGBTQIA+ aos piores postos de trabalho realizam, de forma demagógica, celebrações e campanhas do mês do orgulho para lavar sua cara.

Acreditamos que é através da batalha dos próprios estudantes, a partir de suas entidades, que é possível levar essas bandeiras de forma independente. Contra essas iniciativas que buscam desviar e conter as aspirações revolucionárias des lgbtqia+, nos inspiramos em Stonewall para combater de forma independente a Reitoria, governo Bolsonaro, o Estado capitalista, a LGBTQIAP+fobia e lutar pelo direito à livre sexualidade e identidade de gênero em todos os espaços.




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