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LGBTFOBIA E RACISMO NA UNIVERSIDADE | Estudante da UFRJ é morto: tudo aponta para mais uma vítima de assassinato homofóbico

O corpo de Diego, estudante da UFRJ, negro, LGBT e morador do alojamento, foi encontrado ontem no Campus da universidade, mais uma provável vítima da homofobia.

segunda-feira 4 de julho de 2016 | Edição do dia

Diego tinha 22 anos de idade e era estudante de arquitetura na UFRJ, um jovem negro que veio de Belém do Pará para estudar na universidade e residia no alojamento, foi vítima neste sábado de um provável assassinato homofóbico. Seu corpo foi encontrado em um mangue próximo ao prédio da Escola de Belas Artes, com sinais de luta, sem documentos e sem calças. Um mês antes do crime acontecer, Diego e outros estudantes negros, cotistas e LGBT receberam ameaças através de e-mails. As mensagens homofóbicas, racistas e elitistas foram divulgadas por toda a imprensa:

Diego uma provável vítima da LGBTfobia, no país que é o primeiro no ranking dos países que mais matam por LGBTfobia no mundo, tendo a média de um LGBT assassinado a cada 27 horas. Além disso, Diego também é vítima das condições precárias a que a universidade destina os estudantes negros, pobres e LGBT. Diego era morador do alojamento, uma das áreas mais precarizadas da UFRJ. Justamente porque a universidade ainda permanece excludente para estes setores da sociedade, voltada para uma pequena elite, é que os LGBTfóbicos, racistas e elitistas estão livres para ameaçar e até assassinar em nome dos seus privilégios.

A LGBTfobia e o racismo são facilitados pelas condições precárias e desumanas do alojamento da UFRJ, em um campus que sofre com o sucateamento pelos cortes na educação, aonde não há iluminação noturna nem segurança contratada pela universidade. Neste abandono do Campus aonde apenas a Polícia Militar, que não pode fazer a segurança de negros e LBGT justamente por ser uma instituição essencialmente racista e LGBTfóbica, é que sofrem os LGBT, cotistas, estudantes de outros estados conseguem passar no filtro social do vestibular, em uma universidade tão elitista e LGBTfóbica que até o ano passado sequer reconhecia o direito a identidade trans em seus sistemas de cadastro.

É fundamental que se forme uma comissão de investigação independente composta pelos estudantes, trabalhadores e funcionários da universidade, aonde os estudantes LGBT e Cotistas possam ter representação. A LGBTfobia e o racismo deve ser combatido dentro da Universidade, o movimento estudantil, Centros Acadêmicos e DCE, deve dar uma resposta imediata para mostrar que o racismo e a LBGTfobia não passarão!




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