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Impacto no preço de tudo | Especuladores do mercado financeiro fazem dólar chegar a R$ 5,75 para defender teto de gastos

Em poucos dias, o dólar passou a valer R$ 5,75. O estopim se deu após declaração do governo Bolsonaro de que furaria o teto de gastos para poder bancar o Auxílio Brasil, de R$ 400,00 visando 2022. Junto a isso, 4 funcionários de Paulo Guedes se demitiram. Especuladores do mercado financeiro esfregam as mãos para defender o criminoso teto de gastos.

sexta-feira 22 de outubro de 2021 | Edição do dia

A crise do teto de gastos vem sendo uma grande questão para o governo Bolsonaro e o mercado financeiro. Grandes especuladores e rentistas desejam o teto de gastos, aprovado no governo Temer, para garantir que a exorbitante dívida pública seja paga em dia.

Com a aprovação do governo despencando, Bolsonaro arrisca furar o teto de gastos para poder pagar o auxílio de R$ 400,00 para famílias pobres até 2022, visando os votos dos mais pobres. De quebra, ele propõe dar o calote nos precatórios.

Acontece que parte da elite econômica se mobilizou contra essa proposta e, além dos editoriais dos grandes jornais e uma metralhadora imparável na Globo News entre quarta e quinta-feira, o capital financeiro decidiu entrar em peso no jogo.

Às 12h26 dessa sexta-feira, o dólar disparava, chegando a R$ 5,75 (aumento de 1,46%). Ontem ele já havia subido quase 2%, chegando a R$ 5,66. No mesmo momento, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo caía 3,63% (índice da B3), aos 103.823 pontos.

Sai ganhando dessa movimentação quem tem patrimônio em dólar, como, pasmem, o ministro Paulo Guedes, dono de milhões em paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. A cada centavo a mais, são alguns milhares de reais a mais no bolso de Guedes. Mas não é só o ministro da economia que lucra com isso – são os grandes capitalistas brasileiros que possuem conta no exterior, bem como o agronegócio que lucra substancialmente com exportações.

E se você acha que quem tá sofrendo com isso tudo é só o sujeitinho medíocre de classe média que vota no NOVO e agora está bravo porque sua viagem pra Londres ficou mais cara, pode tirar o cavalinho da chuva, meu amigo. A alta do dólar aumenta o preço de praticamente tudo. O pãozinho, de farinha importada, fica mais caro. Os celulares importados ficam mais caros. Os combustíveis ficam mais caros. Tudo aumenta, exceto o teto de gastos para poder financiar educação e saúde públicas, ou mesmo o nosso salário.




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