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DEBATE SOBRE A CRISE | Espaço de Unidade e Ação discute uma saída independente para os trabalhadores

No último dia 30, cerca de 250 pessoas reuniram-se no Sindicato dos Metroviários de São Paulo para discutir a luta contra PPE e o ajuste fiscal que já vem sendo implementado pelo governo Dilma e os demais partidos da ordem.

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

quinta-feira 30 de julho de 2015 | 01:43

Professores, metalúrgicos, trabalhadores de diversas categorias e movimentos populares de 9 estados brasileiros e representando 65 entidades e organizações debateram as saídas para a crise institucional e econômica que preenche o cenário nacional e já mostra seu efeito, com milhares de demissões e ataques contra os trabalhadores como os cortes de direitos e o aumento da precarização.

Frente aos atos chamados pela direita no próximo dia 16 e pelo governismo no dia 20 de agosto, a discussão girou em torno de buscar uma saída independente dos trabalhadores, construindo um polo de esquerda alternativo a burocracia sindical.

A CUT, frente à crise econômica propõe o PPE, que reduz a jornada, trabalho e salário, mostrando assim que está do lado dos patrões e nao se dispõe a questionar o lucro dos patrões. A Força Sindical encampa a campanha pela aprovação da PL 4330 que aumenta a precarização do trabalho e se apresenta também como uma central sindical pró patronal é incapaz de apontar um caminho para os trabalhadores.

Assim, foi votado um calendário preenchido por plenárias sindicais e dos movimentos sociais no mês de agosto para discutir a luta contra o PPE e a organização independente dos governos e patrões, a luta contra a reforma política, que impedirá que os partidos de esquerda participem das eleições e que esse debate se concretize em uma ação anti governista no mês de setembro.

Bruno Gilga, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, interviu dizendo:

"A gente lá no SINTUSP veio participando das ações nacionais desde o dia 6 de março carregando uma bandeira dizendo "Nem com o governo antioperário, nem com a oposição de direita! Pela mobilização independente dos trabalhadores". Inclusive, no dia 29/5, lá na frente da USP a gente sofreu uma forte violência policial, levantando como uma das nossas bandeiras centrais "Contra o PPE", denunciando em particular o papel não só da Dilma, mas da CUT na aplicação desse grande ataque aos trabalhadores. Outra posição que o SINTUSP veio levantando foi justamente a organização de plenárias e encontros regionais pra construir um pólo alternativo. Então é nesse sentido que nosso sindicato veio apontando ao longo de todo o último período".

O MRT interveio dizendo que é necessário que as ações independentes sejam organizadas a partir dos locais de trabalho, construídas com a base, buscando sua participação ativa, e exigir que as centrais sindicais governistas rompam imediatamente com o governo e que a conformação desse polo de esquerda se dê em base a panfletagens e diálogo aberto nas bases das centrais que estão ao lado dos governos e dos patrões, disputando a consciência dos trabalhadores e mostrando que existe uma alternativa que não seja de conciliação.




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