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TRANSFOBIA | Escândalo: 86 pessoas trans foram assassinadas nos últimos 6 meses no Brasil

Apenas nos primeiros seis meses desse ano, 86 pessoas trans foram assassinadas, sendo 7 casos de suicídio e 29 tentativas de assassinatos. O Brasil segue sendo o país onde mais trans e travestis são assassinadas em todo o mundo.

terça-feira 3 de julho de 2018 | Edição do dia

Os dados foram divulgados pela Associação Nacional de Transexuais e Travestis (ANTRA). Com a consigna “Resistir pra Existir, Existir pra Reagir”, a Associação tem como intuito de chamar a atenção da população para a grave situação da população de Travestis e Mulheres Transexuais em nosso país, que sofrem, diariamente, violações de seu direito mais básico, o de viver.

O número de assassinatos no País é três vezes maior que o do México, que está em segundo lugar, com uma média de 50 mortes. Em matéria anterior, destacamos os dados divulgados pela ONG Transgender Europe (TGEu) de novembro de 2016, que denunciava a morte de pelo menos 868 travestis e transexuais nos últimos oito anos, o que já deixava o Brasil no topo do ranking de assassinatos desse tipo. No ano seguinte, houve um aumento de 30% nos assassinatos, quando o Brasil ganhou o título de país que mais mata trans e travestis no mundo todo! A média da expectativa de vida para essa população no Brasil é de 35 anos. Além da violência física que sofrem, as pessoas trans e travestis ainda estão sujeitas a encarar o desemprego ou postos de trabalho precarizados.

É por isso que denunciamos o fato de, no país onde tantos casos de transfobia e homofobia acontecem todos os dias, não se tem ainda um julgamento e justiça para esses crimes. Isso é inadmissível. Por isso, seguimos defendendo um Plano de Emergência de combate a violência LGBTfobica e o transfeminicídio. Mas, mais que isso, é preciso ter a compreensão que a luta pelos direitos das pessoas trans e travestis não se dará de maneira isolada e sem o estabelecimento de medidas concretas que resolvam profundamente as desigualdades geradas pelo sistema capitalista.
Por isso, é inegociável o direito das pessoas trans de recriar o corpo, de recriar a vida e de construir uma sociedade livre de toda forma de opressão e exploração.




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