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CORTES DE DIREITOS | Equipe econômica de Bolsonaro quer cortar seguro-defeso para aumentar Bolsa Família

A equipe econômica pretende propor ao presidente o corte do seguro-defeso, pago a pescadores artesanais no período em que a pesca é proibida. Bolsonaro também quer privatizar creches infantis através de vouchers que somente pais com empregos formais receberiam, para poderem pagar estas creches, excluindo milhares de crianças que sejam filhos de trabalhadores que não encontrem empregos formais do acesso à educação.

quarta-feira 16 de junho de 2021 | Edição do dia

FOTO: Arquivo APAPS (Associação de Pescadores Artesanais de Porto Santana e Adjacências)

O seguro-defeso, que o governo considera um gasto social “ineficiente”, beneficia atualmente cerca de 8 mil pescadores em todo o País. O benefício, no valor de um salário mínimo (hoje, R$1.100) é pago no período de defeso ao pescador que exerça a atividade de forma artesanal, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com auxílio de parceiros.

Além disso, como parte do novo projeto de Bolsonaro para o Bolsa Família, o presidente pretende avançar na privatização da educação, garantindo os interesses dos empresários da educação, através de vouchers para famílias pagarem mensalidades em creches privadas, onde só o pai ou só a mãe fossem responsáveis pela criança, e que o responsável consiga um emprego formal. Assim, milhões de famílias que não conseguirem achar um emprego formal terão seus filhos excluídos das creches e do direito básico ao acesso à educação, mesmo sendo os que mais necessitam desse direito.

Veja aqui: Bolsonaro avança na privatização com vouchers para creches privadas

Enquanto o governo ataca os direitos dos trabalhadores, setores como a alta cúpula dos militares seguem com seus privilégios intactos, e aumentando seus próprios salários em mais de R$ 20 mil reais. A equipe econômica de Paulo Guedes quer cortar o seguro-defeso dos pescadores e pescadoras, que é fundamental para a sobrevivência destes trabalhadores, principalmente nesta situação de pandemia, com o argumento de querer financiar o Bolsa Família, que será de 300 reais e que continua sendo pequeno, mas não fala nada de cortar estes privilégios.

Veja mais: Verdadeiros privilegiados: salário de Mourão será de 63 mil reais




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