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DIA-A-DIA OPERÁRIO | Entrevista: metalúrgico de MG fala sobre crise e PPE

sexta-feira 10 de julho de 2015 | 00:30

O Esquerda Diário entrevistou Júlio, metalúrgico de Minas Gerais, sobre a aprovação do Plano de Proteção ao Emprego (PPE) e as saídas para a crise no setor. Saiba mais sobre o assunto aqui.

Esquerda Diário: Júlio, como foi o clima entre os operários após a aprovação do PPE em seu local de trabalho?

Júlio: Alguns eram favoráveis, pois acham que mesmo sendo ruim, essa medida irá garantir empregos. Outros eram contra, pois acham um absurdo que os salários sejam reduzidos com nossas horas de trabalho, ainda mais quando tudo fica mais caro.

ED: Por que você acha que tinham essas posições?

J: Acho que essas posições, esse clima de muita divisão, foram porque a empresa e a direção do sindicato vêm desde o inicio do ano aterrorizando os trabalhadores, para aprovar medidas que punem o trabalhador na crise.

ED: Qual a posição do sindicato sobre o PPE, eles fizeram algo para barrar as demissões?

J: O sindicato é dirigido pela CUT, central governista que junto com a Força Sindical foram os que elaboraram esse plano para, segundo eles, barrar demissões. Mas na verdade isso não é garantido e no PPE isso se dá à custa de retirar direitos dos trabalhadores. O sindicato nada faz de concreto para impedir as demissões, já foram milhares de metalúrgicos demitidos e só agora aparecem com esse PPE, que não é solução para nada.

ED: Qual a sua posição sobre o PPE e o que você acha que pode ser feito para barrar as demissões?

J: Sou contra o PPE. Os trabalhadores não devem pagar pela crise e sim a patronal que muito lucra às custas do nosso suor. Só nos organizando e lutando é que conseguiremos barrar os ataques da patronal e garantir nossos empregos e direitos, pois sabemos que se depender da patronal, mais ataques virão e a direção do sindicato que são do PT e apoiam a Dilma pouco farão. Devemos resgatar o sindicato para as mãos dos trabalhadores, para ter democracia operária e lutar nas fábricas e nas ruas para redução de horas de trabalho sem redução de salários.




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