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#LibertemGaloeGessica | Entidades e figuras públicas se manifestam pela liberdade de Galo e Géssica

O entregador antifascista Paulo Galo, sua companheira Géssica e outros ativistas foram presos pela PM e o judiciário de São Paulo, em uma investigação a respeito do incêndio na estátua do bandeirante assassino Borba Gato, no último dia 24.

sexta-feira 30 de julho de 2021 | Edição do dia

Diversas entidades e figuras públicas rechaçaram a medida autoritária contra Galo, que desde o ano passado vem sendo uma voz de luta contra a precarização do trabalho que garante lucros gigantescos aos aplicativos de entrega.

Saiba mais: Letícia Parks: "Liberdade já para Galo e Géssica! Abaixo o legado colonial e escravagista!"

Sílvio de Almeida, professor, filósofo e destacado intelectual na crítica contra o racismo, manifestou-se pela liberdade de Galo. “Este caso merece toda a nossa atenção e mobilização porque o que acontecer servirá de exemplo para que outras prisões do tipo sejam realizadas. A vida de pessoas como o Galo sempre servem como campo de testes para projetos autoritários”, afirmou.

O advogado criminalista, Augusto de Arruda Botelho, afirmou que a prisão de Galo e Gessica foi “completamente ilegal”, por ele ter comparecido voluntariamente à delegacia. Mais grave ainda a prisão de sua esposa, que não estava presente no local do incêndio.

“"Foda-se o Borba Gato. Foda-se mil vezes. Não tenho pena de estátua. Menos ainda de estátua de bandeirante. Tô com Paulo Galo e a Revolução Periférica" , postou o comediante Gregório Duvivier.

Lula através de um tweet disse: “"É de se impressionar a rapidez com que o Estado manda prender alguém por queimar uma estátua, mas até hoje não conseguiu descobrir quem lançou uma bomba no Instituto Lula, quem atirou contra o ônibus da caravana e quem mandou matar Marielle Franco".

As centrais sindicais CUT e CSP-Conlutas publicaram notas em rechaço a prisão de Galo e Géssica em seus sites.

"No Brasil pode se queimar o Pantanal, o Museu Nacional, a Amazônia e mendigos que dormem na rua e ninguém é punido. Mas queimar a estátua, que não sangra nem sente dor, de um assassino símbolo da oligarquia é inaceitável para a burguesia e seus governos" critica a nota da CSP-Conlutas.

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Movimentos, vereadores, partidos e coletivos também lançaram uma nota em comum rechaçando as prisões autoritárias.

"Deveriam ser investigados os que fazem homenagens a assassinos de índios." Declarou Letícia Parks. "É absurda a ordem de prisão preventiva contra o entregador antifascista Paulo Galo e os outros investigados pelo incêndio aos pés da estátua do bandeirante escravagista Borba Gato. A esquerda, os sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis devem levantar uma forte campanha democrática por liberdade imediata, pela retirada do processo e em defesa da nossa liberdade de manifestação."

Nós do Esquerda Diário nos solidarizamos e exigimos liberdade imediata para Galo e Géssica, repudiando esse autoritarismo da PM e da justiça, que mais uma vez buscam defender o legado do período escravagista no Brasil.




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