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REFORMAS DE TEMER | Entenda porque vamos trabalhar mais e ganhar menos

Queda no salário real, aumento do trabalho informal e da jornada de trabalho sem aumento salarial correspondente. Esses são alguns dos “presentes” que esperam a população, com as novas reformas propostas pelo governo Temer, que atingirá as condições de vida da maior parte da população.

quinta-feira 22 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Miséria e desemprego no fim de ano

Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) o salário real caiu 10% no acumulado de 2015 e 2016. Mas o que significa o salário real? O salário nominal (o contrário do salário real) expressa o salário na forma de moeda, como vemos todos os dias. Por exemplo, um salário de R$ 800,00. Mas o que realmente importa para nossa vida, é entender o salário real, que considera o salário nominal e o divide pelo índice geral de preços, leia-se inflação.

Assim quando vemos dados de que o salário real caiu mais de 10% em um período de 2 anos, isso significa que o poder de compra da população se reduziu em no mínimo 10% se considerado apenas o salário. Além da alta da inflação, que contribuiu para a queda do salário real, o fato das reformas trabalhistas de Temer vindas na forma de “presente” para a economia brasileira, na realidade mais representa um soco que um gesto de carinho.

Pelas reformas propostas pelo governo golpista, a jornada de trabalho poderá aumentar para 12 horas diárias até num máximo de 220 horas mensais (pasmem!), parcelamento das férias remuneradas, o fim da obrigatoriedade de multas por demissões. Um pacotão de fim de ano, para deixar qualquer um preocupado com o que colocará na mesa para seus filhos ano que vem. A própria cesta de natal sofreu um grande aumento, que aliado ao cenário de aumento do desemprego deixará várias famílias na moléstia nesse fim de ano.

Haveria uma saída para essa crise?

O quadro geral da economia e política atual, apontam cada vez mais para uma situação onde os governantes continuaram aumento os próprios salários e diminuindo os da classe trabalhadora e da juventude. As previsões de 2017 já acenam que o cenário da crise continuará e que as condições de vida irão piorar.

Se existe definitivamente uma saída para a crise, ela certamente não passa pela precarização da vida da população, como quer a direita. Ela com certeza passa pela mobilização onde a população possa decidir os rumos do futuro do país, que possa decidir os salários a partir das necessidades, garantir os serviços básicos com qualidade, e acabar com os privilégios de poucos e miséria de muitos.




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