O governo Bolsonaro carrega nas costas o revoltante número de 681 mil mortes por covid-19, além do desemprego e a fome que são parte da dura realidade dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras! Em 2020, enquanto milhares de trabalhadores tinham suas vidas interrompidas nas filas dos hospitais, sem direito a quarentena, EPI e com a falta de respiradores, os militares eram contemplados com supersalários de até 1 milhão de reais!
quinta-feira 11 de agosto de 2022 | 14:26
Foi essa uma das prioridades do Governo Bolsonaro (PL) diante do estouro da pandemia: beneficiar militares com quantias absurdas em detrimento de equipar os hospitais para o combate ao coronavírus. Ao proferir seus discursos negacionistas, comparando a covid-19 com uma gripezinha, Bolsonaro já deixava claro que seu compromisso não era com a vida dos brasileiros, mas sim com os privilégios da alta cúpula dos militares e forças armadas. De acordo com estudo da Oxfam Brasil, cerca de pouco mais de 11% das mortes por covid-19 ocorreram durante a espera de atendimento no primeiro ano da pandemia, subindo para 13,1% quando se fala de pessoas negras e indígenas.
É nesse cenário que se instala a mamata dos militares no governo Bolsonaro, servindo-se do seu projeto de lei do ano de 2019 que aumentava os benefícios dos militares. Seu candidato a vice-presidência, general Walter Braga Netto, contou com a quantia de R$ 926 mil em apenas dois meses de 2020, recebendo também R$ 120 mil em um mês de férias. Além do candidato a vice, Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria Geral da presidência, recebeu 731,9 mil reais em 3 meses de 2020, embora também possua um salário de 35 mil reais por mês. Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia e almirante da Marinha, somou R$ 1 milhão em ganhos brutos nos meses de maio e junho. Outro exemplo é o do ex-comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, que recebeu R$ 1,4 milhão só em abril de 2020.
São dados como esses que denunciam o que tem de mais podre na extrema direita brasileira, saudosista da ditadura militar, que negou a gravidade da pandemia, descontando a crise nas costas dos trabalhadores, somando em suas contas as milhares de vidas perdidas. Enquanto isso, encheram seus bolsos diante da explosão de uma crise mundial que aprofundou diretamente a precariedade de vida da população brasileira sofrendo diariamente com insegurança alimentar, precisando sobreviver com um auxílio emergencial que sequer cobria as despesas básicas e com a ameaça constante de um vírus que é fruto da irracionalidade capitalista. O aumento brutal de militares em cargos políticos é o maior após a ditadura e demonstra que a prioridade desta corja está longe de passar pela garantia de direitos da classe trabalhadora.
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