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Supersalários | Enquanto o prefeito Nunes tem 46% de aumento o funcionalismo municipal de SP tem migalhas

Enquanto os trabalhadores amargam inflação e baixos salários, o prefeito de SP Nunes (MDB) aumenta seu próprio salário em 46%. E ao funcionalismo municipal oferece migalhas. É preciso exigir das centrais e sindicatos um verdadeiro plano de lutas para, lado a lado do conjunto do funcionalismo, dos familiares de nossos alunos, da juventude, e não da direita e dos patrões, enfrentarmos governos como Nunes, Bolsonaro, as reformas e os ataques.

segunda-feira 15 de agosto de 2022 | Edição do dia

Imagem: Bruno Santos/Folhapress

No Brasil da fome de Bolsonaro, do desemprego, dos trabalhos precários e mal pagos, da alta dos preços que estrangula os salários e castiga os trabalhadores e o povo pobre, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) aumentou seu próprio salário, com aval dos vereadores, em 46%! Enquanto isso relega os servidores municipais à migalhas que não chegam nem perto das perdas salariais e inflação acumulada em anos. Não bastasse isso, ainda vemos vereadores, conhecidos inimigos dos serviços públicos, como Cris Monteiro, Fernando Holiday do partido Novo e Rubinho Nunes do União Brasil querendo entregar as gestões das escolas municipais para iniciativa privada com o PL 573.

Veja também: 3 motivos para rechaçar o PL 573 que terceiriza as gestões de escolas municipais de SP

Essa situação absurda em que os trabalhadores pagam pela crise enquanto governos, parlamentares, militares e patrões se fartam, vemos em todo o país. Inclusive por falar em 46% na ultima semana os juízes do STF aumentarem seus próprios salários para R$ 46 mil mensais! Isso na mesma semana em que ocorreram os atos em “defesa da democracia” que colocaram lado a lado grandes setores da elite econômica do país como Febraban e Fiesp, políticos como Filipe D’Avila do Novo e golpistas como Michel Temer (do MDB de Nunes), e organizações de trabalhadores como CUT e CTB, dirigidas pelo PT e o PC do B. As primeiras, grandes defensoras do golpe institucional de 2016, carregando a tradição do apoio do grande capital ao golpe militar e que buscam conservar o estrago das reformas e ataques aos trabalhadores pós golpe. Ou seja, não sairá nada de bom para nós trabalhadores dessa “aliança” com patrões, banqueiros e empresários.

Nesse semana, no dia 16/08, será votado o projeto de lei 428/2022 que extingue uma porção de cargos no serviço público municipal e coloca um reajuste de míseros 5% para os trabalhadores da educação. Lamentavelmente a direção do SINPEEM, que tem a frente o burocrata Claudio Fonseca do Cidadania, partido federado com o PSDB, sequer fomentou a discussão com a categoria. Muito pelo contrário cerceou ao longo de toda a pandemia até agora que as educadoras e educadores pudessem ter voz efetiva nas instâncias representativas do sindicato. Claudio Fonseca e sua direção atuam estendendo um tapete vermelho para os ataques e desmandos de Ricardo Nunes. Mas essa atuação se liga com a atuação das grandes centrais como CUT e CTB dirigidas pelo PT e PCdoB, de não impulsionarem as lutas pelo país mas de canalizar a indignação e insatisfação dos trabalhadores para o terreno eleitoral, para eleger um Lula aliado com um político burguês como Alckmin e que deixa claro que não vai revogar os ataques à nossa classe. E é justamente por isso que o SINDSEP, dirigido pelo PT, também vem apenas direcionam as expectativas dos trabalhadores ao auditório do parlamento, que já vimos como é totalmente insuficiente como vimos com SAMPAPREV 2, e não na luta organizada por reajustes e salários para enfrentar a inflação.

Para lutarmos por salários e enfrentarmos a inflação, é necessário exigirmos das centrais e sindicatos um verdadeiro plano de lutas para, lado a lado do conjunto do funcionalismo, dos familiares de nossos alunos, da juventude, e não da direita e dos patrões, enfrentarmos governos como Nunes, Bolsonaro, as reformas e os ataques.




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