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Em Porto Alegre | Empresas Trevo/Tinga e Vap anunciam corte absurdo no VA dos rodoviários de Porto Alegre

Enquanto isso, os patrões lucram. Um comunicado colado no mural da garagem da Tinga e da Trevo, empresas privadas do setor de transporte de Porto Alegre, anuncia um corte absurdo no vale alimentação dos rodoviários. A patronal sequer anuncia quanto irá pagar, apenas que será "cerca de 50%" do valor acordado, sem data prevista para normalização.

sexta-feira 29 de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: Felipe Daroit

A situação dos rodoviários que já não estava fácil, tende a se agravar. No país da fila do osso e do lixo, cortar do vale alimentação de trabalhadores é aumentar o nível de fome e miséria dos trabalhadores, enquanto os patrões seguem vivendo enchendo suas barrigas e de suas famílias com todo o luxo possível, fruto da exploração do trabalho alheio.

Veja abaixo o recado fixado no mural da empresa, enviado ao Esquerda Diário por um rodoviário:

Os relatos das outras garagens da cidade não são diferentes, ou até mesmo pior. Há relato de que na Presidente Vargas e na Sudeste o pagamento do vale alimentação será semanal. Na VAP, a promessa dos patrões é de pagar apenas 70% do valor acordado.

Esse é um print do comunicado recebido pelo celular de um trabalhador da VAP enviado ao Esquerda Diário por um rodoviário:

Os rodoviários, durante toda a pandemia, atuaram na linha de frente, se expondo ao vírus e vendo muitos de seus colegas adoecerem. Seguem sendo quem garante a circulação da cidade. Tudo isso enquanto os empresários do transporte, que sempre lucraram horrores, continuam recebendo subsídios milionários de seu amigo e comparsa Sebastião Melo (MDB). Mesmo assim alegam crise do setor, sem provar de fato a situação.

Essas empresas estão arrasando com os trabalhadores. Durante a pandemia, fizeram plebiscitos fraudulentos para tentar rebaixar o salário dos trabalhadores. Transferiram linhas deficitárias para a Carris. Reduziram tabelas e demitiram. Agora cortam do VA. Indignante!

A direção do sindicato, que deveria estar à serviço de fortalecer a luta dos trabalhadores, negocia os direitos da categoria de portas fechadas com a patronal e com o bolsonarista Melo. Por isso, é necessário se inspirar no exemplo de autoorganização dos trabalhadores, como fizeram os rodoviários da Carris, que entraram em greve contra a privatização da empresa. É preciso confiar na força dos trabalhadores, das privadas e Carris, contra os ataques dos empresários e do Melo, pelo pagamento integral dos salários e benefícios e por um transporte 100% público e sob controle dos trabalhadores e usuários.




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