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Transporte Público | Empresários do transporte querem lucrar ainda mais com passagem a R$ 6,65 em Porto Alegre

Segundo a prefeitura dirigida pelo bolsonarista Sebastião Melo (MDB), seus amigos empresários pediram enviaram dados à prefeitura que resultam em um reajuste de 38,5% na passagem de ônibus. Melo, por sua vez, aponta sua mira novamente contra os cobradores, meio-passe estudantil, isenções de idosos e outros direitos que quer atacar para proteger o lucro dos tubarões do transporte da capital.

quarta-feira 19 de janeiro de 2022 | Edição do dia

A exigência de aumento por parte dos empresários do transporte de Porto Alegre, encaminhada à EPTC, é um grande absurdo. R$ 6,65 por cada viagem é ataque brutal contra todos os trabalhadores e estudantes da cidade, em especial os mais pobres, desempregados, moradores da periferia e todos que dependem do transporte público para trabalhar, acessar serviços de saúde, educação, etc. Este mesmo punhado de empresários que lucraram horrores durante a pandemia, alegaram um suposto prejuízo e abandonaram linhas inteiras, deixando a população desamparada nas pontos de ônibus.

Segundo esse cálculo, o aumento do combustível ano passado foi de 46,8% em comparação com 2020. Colocam na conta também o reajuste salarial dos rodoviários em 10%. Apenas esses dois itens elevariam a passagem em torno de R$ 0,70.

A resposta da prefeitura é atacar ainda mais a população trabalhadora e pobre da cidade. Quer cortar o número de isenções de 14 para 6, extinguir o cargo de cobrado, colocando em vigor o ataque já aprovado em 2021 pela Câmara. Esses dois ataques juntos reduziriam em torno de R$ 0,50 a passagem, ao passo que aumentaria a precarização do serviço e o desemprego na cidade. Além disso, ataca o meio-passe estudantil, deixando milhares de estudantes que dependem desse direito para estudar sem perspectiva e ampliando a evasão escolar na cidade. Também chegou a anunciar que a prefeitura bancaria a renovação da frota para não aumentar a passagem.

Melo ainda afirmou que se "conseguirmos a verba da União, me comprometo a não aumentar a passagem". Em todos esses momentos citados em que Melo fala demagogicamente em não aumentar a passagem, toma o maior cuidado do mundo, pois quer deixar claro aos seus amigos empresários do transporte que em caso de não aumentar a passagem irá despejar milhões de reais nos cofres dessas milionárias empresas. Em ambos cenários são os trabalhadores e estudantes que pagarão a conta da crise criada pelos capitalistas.




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