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EXPLORAÇÃO DO TRABALHO | Empresa de Telemarketing cobra mais serviço mesmo após duas mortes suspeitas de Covid-19

Mais uma vez, a empresa de telemarketing Atento comete crimes contra os trabalhadores.

quinta-feira 16 de abril de 2020 | Edição do dia

Imagem: empregosriorj

Mais uma vez, a empresa de telemarketing Atento comete crimes contra os trabalhadores. Se não bastasse as denúncias de terceirizadas no mês passado revelando o desprezo da empresa pela vida dos trabalhadores ao negar em seguir a linha de quarentena logo no início da crise, dessa vez os funcionários da filial de Madureira, no Rio de Janeiro, relatam que apesar de algumas medidas cosméticas, como a liberação de álcool em gel no local de trabalho, por outro lado, não toma as medidas necessárias para evitar aglomerações e nega aos trabalhadores o uso básico de máscaras.

Em primeiro lugar, nenhum trabalhador do setor deveria ir ao trabalho, pois suas vidas estão em risco. No entanto, como são forçados a trabalhar para sobreviver, o mínimo que se esperava da empresa seria tomar seriamente as medidas recomendadas pela ciência para evitar ao máximo a transmissão e o contágio. Porém, não é o caso na Atento. Segundo denúncia de trabalhador anônimo, a empresa, mesmo sabendo que parentes de uma funcionária está com suspeitas de coronavírus, continua, por sua vez, a manter o trabalho. Para agravar a situação, no meio dessa crise duas funcionárias já morreram com suspeitas de terem contraído o Covid-19. Um absurdo monumental.

A Atento respondeu as denúncias afirmando que “lamenta” a morte das duas funcionárias, e que ainda faz todos os esforços para garantir a segurança dos trabalhadores. Porém, não é isso que afirma os funcionários. Inclusive, mesmo com toda essa situação, a Atento continua a exigir mais produtividade, obrigando os trabalhadores a irem todo dia à empresa, quando os funcionários exigem o contrário: pelo menos a diminuição da escala para reduzir a quantidade de pessoal trabalhando num mesmo dia, o que viria a atenuar as aglomerações no recinto.

Casos como esse não são isolados e se repetem por todo o país e no mundo, não faltando exemplos de desprezo capitalista à vida dos trabalhadores. Para enfrentar essa situação, é mais do que necessário que sejam as empresas que paguem pelo custo dessa crise, que não possam demitir nenhum trabalhador e que venha dos recursos de suas caixas, com grana acumulada, a compra e os investimentos necessários na saúde pública para que haja uma quarentena racional e eficaz, com testes massivos e equipamentos em abundância para os profissionais da saúde realizarem com segurança o combate ao coronavírus.




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