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RECESSÃO ECONÔMICA | Em um mês, quase 100 mil empregos são perdidos no Brasil

sábado 23 de maio de 2015 | 03:29

Os resultados do mês de abril mostram que 97.828 empregos com carteira assinada deixaram de existir. A pesquisa realizada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que 1.527.681 carteiras foram assinadas nesse mês, contra 1.625.509 demitidos, a pior diferença entre contratados e demitidos para abril desde 1992.

A pesquisa afirma ainda que desde o início do ano foram fechados 137 mil empregos formais, o pior resultado para um início de ano desde 2002. A desaceleração da economia é a maior desde que o PT assumiu a Presidência da República, tanto que o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, tenta esconder a crise colocando esperanças no “ajuste” fiscal. Para o ministro, assim que os cortes no orçamento aumentarem e os direitos dos trabalhadores forem mais atacados, poderá se retornar aos níveis de emprego anteriores.

As demissões afetam mais fortemente a indústria e o setor da construção civil. Várias montadoras e indústrias de autopeças anunciam demissões e reestruturações na produção, na qual a variável de ajuste são sempre os empregos e os direitos dos trabalhadores.

Esses cortes e ataques aos direitos dos trabalhadores somente beneficiarão os banqueiros e grandes empresários. Para o dia 29/05, dia nacional de paralisações e manifestações, é preciso uma luta pela base, construída em cada local de trabalho, contra os cortes nos direitos dos trabalhadores e o desemprego. As centrais sindicais que estão chamando o ato (CUT e CTB) são as mesas que sentam-se a mesa do Ministério do Trabalho desde o início do mandato de Lula, estão ao lado do governo, em defesa do governabilidade de Dilma que está contra os trabalhadores e povo pobre que está pagando a conta da crise com os cortes nos gastos sociais anunciados por Levy e o Nelson Barbosa.

Por isso, estas centrais são incapazes de defender os trabalhadores demitidos. OS trabalhadores confinado em suas próprias forças podem se organizar e forçar os sindicatos, mesmo os atrelados ao governo, a assumirem esta luta. Também é importante que se desenvolva um programa pelo direito ao emprego, como por exemplo a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que todos possam trabalhar e que a crise não seja paga pelos trabalhadores.




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