A filha de George Floyd declarou que seu pai mudou o mundo. Como vemos nessa explosão em todo o mundo contra a violência policial e pela vidas negras, de fato, a brutal morte de George desatou um profundo levante negro contra o racismo. O Brasil, maior país negro fora da África, tem de estar na linha de frente dessa luta.
sábado 6 de junho de 2020 | Edição do dia
A revolta frente o escandaloso assassinato de George Floyd por um policial desatou não apenas a mobilização nos EUA, com verdadeiros levantes da juventude negra, mas também por todo o mundo milhões de pessoas saíram às ruas para gritar que Vidas Negras Importam!
Londres
Nessa sexta-feira (5), em Londres, dentre tantas palavras de ordem e consignas proferidas pelos manifestantes, um grande coro levantando “sem justiça, sem paz” foi feito nas primeiras horas de manifestação. Não só George Floyd foi homenageado, como também tantos outros mortos e vítimas da violência policial no Reino Unido.
Veja mais: Dezenas de milhares nas ruas de Londres contra o racismo e por justiça
Paris
Milhares de pessoas saíram hoje à rua em Paris para protestarem contra o racismo e a violência policial, mesmo apesar de a manifestação convocada na capital francesa não ter sido autorizada devido ao estado de urgência sanitária.
Paris. Ramata Dieng appelle à soutenir les familles de victimes de violences et meurtres policiers. #BlackLivesMattters #BlackLivesMatter pic.twitter.com/bSAC2kVaVW
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Berlim
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— KLASSE GEGEN KLASSE (@KGK_News) June 6, 2020
#blacklivesmatter #Hamburg #hh0606 Polizei droht die Demo aufzulösen pic.twitter.com/jWZ438q0x9
— KLASSE GEGEN KLASSE (@KGK_News) June 6, 2020
Tunísia
Austrália
Seul
Em todo o mundo um só grito: Vidas Negras Importam!
A filha de George Floyd declarou que seu pai mudou o mundo. Como vemos nessa explosão em todo o mundo contra a violência policial e pela vidas negras, de fato, a morte de George desatou um profundo levante negro contra o racismo.
Esse amplo movimento reafirma a necessidade de no domingo, 07/06, aqui no Brasil protagonizarmos um enorme ato contra a racista violência policial, cobrando justiça por cada um de nossos mortos, João Pedro, João Vitor, Rodrigo Cerqueira, Juan Oliveira, e tantos outros.
O Brasil segundo maior país negro no mundo, último país a libertar seus negros escravizados, dono de uma das polícias mais assassinas do mundo precisa estar na linha de frente do combate contra o racismo. Em tempos de Bolsonaro no comando do Estado também é necessário que essa luta repudie de conjunto todo o reacionarismo e autoritarismo do presidente e sua cúpula de militares, o que faz que aqui a luta antirracista vá de mãos dadas com a luta antifascista.
Todos ao ato amanhã, pelas vidas negras! Por Fora Bolsonaro e Mourão! Basta de morrer pelas balas da polícia, pela COVID, pelo lucro dos capitalistas!