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PROFESSORES | Em meio aos ataques de Temer, APEOESP antecipa eleições sindicais

A diretoria majoritária da APEOESP (Sindicato dos professores da rede estadual) decidiu antecipar o calendário eleitoral do sindicato. No contexto dos enormes ataques que os professores e conjunto da classe trabalhadora vêm sofrendo, a maior parte da diretoria, composta pelo PT(CUT) e PCdoB(CTB), quer realizar as eleições sindicais, ao invés de priorizar a luta contra as Reformas de Temer e dos golpistas.

Danilo ParisEditor de política nacional e professor de Sociologia

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

terça-feira 28 de março de 2017 | Edição do dia

Anteciparam da noite para o dia as eleições sindicais, e convocaram de última hora uma reunião de Representantes de Escola para aprovar sua comissão eleitoral. Além disso, se recusaram a sequer incluir no ponto de pauta da reunião os preparativos da greve dos professores da rede estadual que começa na semana que vem, dia 28.

Nós do Professores Pela Base – Movimento Nossa Classe, junto à outras correntes da oposição e professores independentes, demos a batalha para que o calendário eleitoral fosse mantido e a prioridade de toda a APEOESP se voltasse para greve e as batalhas contra os golpistas.

Em diversos estados do país educação já está em greve. No último sábado (25) milhares de professores municipais de São Paulo em greve fizeram um grande ato contra Dória e os ataques de Temer. Precisamos unificar imediatamente essa mobilização, e através da nossa mobilização na base, em cada escola e região, junto com a comunidade escolar, construir uma força que mantenha a potência que demonstramos no dia 15 de março. Só desde as bases podemos construir uma forte greve a partir do dia 28, para que dia 31 façamos grandes atos que mostrem mais uma vez que com os nossos direitos ninguém mexe. Exijamos todos da APEOESP e das centrais a preparação séria e imediata da Greve Geral.

Mais do que nunca é necessário que as oposições, e todos os professores que querem retomar o sindicato para o caminho da luta dos trabalhadores, se unifiquem em uma única chapa para desbancar essa burocracia encastelada a décadas na APEOESP.

Essa unificação é possível se considerarmos a urgente necessidade de superar a atual direção majoritária, verdadeiro entrave para luta dos professores. Uma luta implacável contra a lei das terceirizações, reforma da Previdência e do ensino médio são tarefas elementares que deverá ser o ponto de partida dessa unificação. A defesa da rotatividade dos mandatos, e democracia nas assembleias, também será fundamental para que figuras como a Bebel não mais se perpetuem no controle do sindicato.

Está claro que o papel do PT e do PCdoB nos sindicatos está conectado com o seu projeto de voltar a presidência através de Lula em 2018. Para isso, precisam se apresentar como uma alternativa viável para os empresários e capitalistas, e por isso serão aqueles que irão controlar e arrefecer a luta dos trabalhadores. Superar essas direções é um passo necessário para as lutas que virão.




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