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Crise dos combustíveis | Em meio a tensões, Bolsonaro anuncia demissão de presidente da Petrobras

segunda-feira 28 de março de 2022 | Edição do dia

Nesta segunda-feira (28), Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, que estava no cargo desde fevereiro de 2021. A demissão ocorre depois das tensões entre o Bolsonaro e a Petrobras, e o mega aumento do preços dos combustíveis que ocorreu neste mês de março.

As mudanças no comando da Petrobras só devem ocorrer dentro de duas semanas, após a Assembleia Geral de Acionistas, quando o governo trocará seus representantes do conselho de administração, grupo responsável por definir o plano estratégico da estatal.

No lugar de Silva e Luna, o mais cotado para assumir o cargo é Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. O nome dele, porém , têm resistência de alas do governo, especialmente dos militares de alta patente ligados ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que se movimentam para manter Silva e Luna no cargo.

A crise que se abriu nas últimas semanas com o mega aumento do preço dos combustíveis gerou tensões entre Bolsonaro e a estatal, onde o presidente faz demagogia em seus discursos como não tivesse nada haver com os aumentos. Em um discurso populista dizendo que a estatal gera muito lucros e não precisava desses aumentos, e assim reforça seus discurso privatiza. Mas ignora completamente o fato de que quase 50% do capital da Petrobras pertence à acionistas estrangeiros, que recebem benefícios com esses aumentos exorbitantes que Bolsonaro e a direção da Petrobras aplicam fazendo o trabalhador pagar caro em meio a essa brutal crise econômica.

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