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REPRESSÃO | Em meio a desemprego recorde, Marchezan reprime ambulantes no centro de Porto Alegre

Na última quinta-feira (22), a prefeitura levou a frente a Operação Retomada que consiste em expulsar vendedores ambulantes do Centro de Porto Alegre, como fruteiros e imigrantes. A resposta foi um protesto espontâneo por parte dos vendedores, ateando fogo nas caixas e parando o trânsito em defesa do seu trabalho.

segunda-feira 26 de junho de 2017 | Edição do dia

Próximo ao Terminal Parobé e ao Mercado Público, os vendedores se enfrentaram com a polícia. Mais de 100 homens da Guarda Municipal foram designados para a Operação, bem como o acompanhamento da Brigada Militar através do BOE (Batalhão de Operações Especiais). Após agressões por parte da Guarda Municipal, alguns vendedores começaram a se rebelar. Dois fruteiros foram presos, sendo um deles ferido. A polícia reprimiu o protesto dos vendedores com bombas e balas de borracha.

A ação de Marchezan e da polícia ocorre em meio a uma forte crise de desemprego em Porto Alegre. De acordo com dados do ano passado, quase 200 mil pessoas estavam desempregadas na zona metropolitana da capital gaúcha e nos últimos dois anos houve um crescimento de 78% no desemprego na cidade. Na falta de emprego, muitos trabalhadores acabam buscando empregos informais para poder pagar as contas e sustentar suas famílias, como é o caso de inúmeros vendedores ambulantes do centro.

A Operação Retomada consiste basicamente em fiscalizar o trabalho informal na cidade, bem como coibir ações de furto e assaltos. Na prática ela acaba expulsando os inúmeros vendedores ambulantes. Não é a toa o tamanho da indignação dos vendedores ambulantes - o prefeito e a polícia estão tirando a única forma de sustento que muitos deles possuem, de maneira violenta e autoritária.

Mais uma foto do protesto:




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