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NEGOCIATAS | Em esforço contra impeachment, Dilma adianta $ 1,5 bi para ministérios

Durante a tarde desta terça-feira (29) o governo federal correu para conseguir uma edição extra do Diário Oficial da União para oficializar o adiantamento no repasse de R$1,5 bilhões aos ministérios aliados do governo. Ao todo 6 ministérios foram beneficiados, além da Advocacia Geral da União e Operações Oficiais de Crédito.

quinta-feira 31 de março de 2016 | Edição do dia

Os esforços fazem parte de uma ofensiva do Planalto para engajar ministros e parlamentares e reverter em votos favoráveis à presidente Dilma Rousseff no processo do impeachment no Congresso Nacional, onde a situação do governo é mais delicada e se agravou com a retirada do apoio do PMDB.

O presidente da Câmara, o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ) tenta acelerar o processo de impeachment contra a petista enquanto manobra para retardar o andamento da Comissão de Ética que o investiga na Casa.

Ainda que o PMDB tenha se retirado do governo, o governo beneficiou neste adiantamento orçamentário urgente de ontem o Ministério da Agricultura, da ministra Kátia Abreu que faz parte do PMDB. Conhecida por ser a “Ministra Motosserra de ouro”, uma das principais figuras da bancada ruralista e do interesse do agronegócio, Kátia Abreu já declarou seu apoio ao governo Dilma.

O ministério da Ciência e Tecnologia, também liderado por um peemedebista, Celso Pansera, outro ministro que vem declarando seu apoio ao governo Dilma, afirmou que continuará no governo e no PMDB, também recebeu recursos para utilização imediata.

O governo e o ministério da Fazenda justificaram a edição extra do Diário Oficial de emergência já que as pastas pleiteavam a antecipação dos recursos já que tinham despesas com vencimento ainda ontem. A Fazenda fez questão de enfatizar que não estava liberando mais recursos e sim antecipando.

Essa é mais uma tentativa do governo petista para se manter no poder, em meio a acordos com setores reacionários como Kátia Abreu, que como já descrevemos acima, é agente de primeira ordem do agronegócio e do capitalismo no governo, e Celso Pansera, ligado diretamente a Eduardo Cunha, um dos representantes do que existe de mais atrasado e reacionário na política brasileira.

Frente a ameaça do impeachment, o governo e o PT fazem alarde contra a direita e contra o golpe, mas se omitem e não dão uma palavra sobre terem sido eles os responsáveis por alimentar este setor dentro do governo e de assimilar seus métodos de governar e corrupção.

Como exemplo disso, o governo Dilma acaba de liberar benefícios para as igrejas, como isenção do IPTU, com o objetivo claro de reconquistar a bancada evangélica em sua defesa contra o impeachment.

Não por coincidência foi no governo Dilma que a bancada do Congresso chamada de BBB (boi, bala e bíblia) ganharam papel protagonista e foram as principais bases da tal governabilidade.

O governo petista que desfere duros ataques contra a classe trabalhadora, foi responsável por trazer para perto de si estes setores do impeachment reacionário.




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