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BRASÍLIA URGENTE | Em defesa dos professores em greve, rodoviários se enfrentam com as forças policiais do governador Rollemberg

sexta-feira 30 de outubro de 2015 | 00:00

Nesta quarta-feira [28/10/15] nas mobilizações de rua dos professores em greve, quando estes organizavam piquetes na secretaria de saúde e na ponte que fica na saída da cidade de Brasília [ponte Bragueto, eixão norte], receberam, em tempo real, apoio da categoria dos rodoviários, que bloquearam a mais importante pista de Brasília, o eixão sul.

É um acontecimento sem precedentes para a história da luta de classes no DF: uma categoria de trabalhadores se lançar às ruas,para apoiar outra em seus combates; e enfrentar as forças de repressão em sua defesa.

Uma clara demonstração do poder de fogo e da tendência à unidade no combate nas fileiras da classe trabalhadora. Em seguida a polícia avançou com total truculência contra rodoviários e professores, atirando, jogando bombas e spray de pimenta, espancando, algemando e levando para a cadeia vários trabalhadores rodoviários. Os demais companheiros imediatamente ocuparam o terminal rodoviário e ameaçaram só desocupar essa rodoviária [a principal da capital] quando a polícia soltasse seus parceiros. Isso aconteceu duas horas depois. A repressão se deu conta do incêndio político que estava em marcha e fez seu recuo tático.

Tudo isso teve repercussão local muito intensa; e também nacional. A greve hoje ganhou fôlego e amanhã teremos assembleia de combate na frente do palácio do governo.

Ou seja, a classe trabalhadora mostrou que tem a força. É a única classe que detém o poder de parar a cidade, pode parar transportes, pode deter a produção e circulação de mercadorias. É a única, portanto, com poder de fogo para mudar os rumos do país e também, de construir a estratégia política para ser governo, pondo abaixo esse Estado corrupto e de classe. Ontem foi apenas uma pequeníssima amostra do que os trabalhadores são capazes.

Mas, no imediato, mostrou que junho de 2013 chegou sim, e há bastante tempo, na classe trabalhadora. Apenas falta levantar a direção política, sindical e política, que desenvolva outra tradição, não mais de sindicalismo de aparato, mas de base, democrático pela base, representativo das várias correntes combativas e capaz de articular as forças do conjunto da classe trabalhadora, incluindo, com total destaque, aos terceirizados, levantando a bandeira de imediata incorporação de todo terceirizado e sem concurso.

Esta é a real unidade e força dos trabalhadores: pela base e unindo as fileiras do mundo do trabalho que o neoliberalismo tratou de dividir. Somente um sindicalismo combativo, derrocando essa burocracia reinante e habituada à colaboração com as forças governistas, pode dar vasão à radicalização da base dos professores e rodoviários que estamos presenciando nas ruas de Brasília nesses dias!

Confira, no link, como age a polícia de Brasília, uma das mais truculentas do país, age como tropa de choque, de classe, contra trabalhadores:




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