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Primeira verdade | Em ato falho, Bolsonaro diz que chefe do executivo mente. Bolsonaro é o chefe do executivo.

Bolsonaro discursou durante um evento de apoio a Daniel Silveira realizado ontem no Palácio do Planalto. “Temos um chefe do Executivo que mente", em ato falhíssimo, disse Bolsonaro, o próprio chefe do Executivo. Pela primeira vez disse a verdade! Há uma semana, o reacionário Silveira recebeu um indulto do presidente após ter sido condenado à prisão pelo STF por atos antidemocráticos.

quinta-feira 28 de abril de 2022 | Edição do dia

Ontem, 27, deputados fizeram ato político no Palácio do Planalto em apoio a Bolsonaro e Daniel Silveira. O nome da cerimônia: "Ato Cívico pela Liberdade de Expressão", seria cômico se não fosse trágico. O show de horrores contou com 22 deputados que se revezaram em discursos com elogios ao presidente e ao deputado condenado a oito anos e nove meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. E com direito a ato falho do presidente, que pela primeira vez disse a verdade!

O deputado Daniel da Silveira foi condenado pelo STF na semana passada devido a ofensas e ameaças proferidas contra ministros do Supremo Tribunal Federal, por “incitar animosidade entre as forças armadas e o judiciário” e ameaçar a democracia.

No dia seguinte, Bolsonaro, o chefe do executivo mentiroso, concedeu indulto ao parlamentar. Daniel Silveira é uma figura asquerosa da extrema-direita, um aberto racista, machista, lgbtqiap+fóbico, exala todo reacionarismo desse setor. Não esqueçamos que foi ele um dos responsáveis por quebrar a placa de Marielle Franco. Em outros momentos, defendeu o AI-5 e a intervenção militar.

O indulto não causou uma reação do STF na mesma proporção, porém as disputas entre os Bolsonaristas, o Legislativo e o Judiciário seguem. O STF aparece em disputa com Bolsonaro, mas seu autoritarismo é o mesmo que avalizou o golpe, a prisão de Lula, pavimentou o caminho de Bolsonaro ao governo, e que agora mesmo mantém os ataques contra os trabalhadores, como o recente ataque à greve da educação de MG. Essas alas da burguesia se embatem no caso do Silveira, mas dão as mãos em questões centrais - como nas reformas neoliberais e privatizações - para a descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e mais oprimidos e garantir o lucro dos capitalistas.

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Em nenhum desses lados há a intenção de se combater a extrema-direita, ou combater o autoritarismo. São disputas entre setores de um regime autoritário, com seus interesses e objetivos, ambos responsáveis por realizar ataques à classe trabalhadora, atuando em conjunto na retirada de seus direitos.

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Só é possível combater a extrema-direita, Bolsonaro, Mourão e os ataques de maneira independente, através da nossa organização e luta nas ruas, sem confiar no STF, no Congresso, e em alianças com a direita tradicional ou em qualquer outro setor desse regime político apodrecido. A política de Lula e o PT de conciliação de classes e apoio incondicional as instituições do regime, e que a esquerda como o PSOL se adapta, não é uma alternativa para classe trabalhadora e mais oprimidos.

Editorial do MRT: 1M: Precisamos de atos independentes da burocracia sindical para defender um programa dos trabalhadores e rechaçar o bolsonarismo nas ruas!




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