Juventude Faísca e grupo de mulheres Pão e Rosas colaram cartazes na Prefeitura de BH nesta quinta (29), em apoio aos professores e terceirizados da educação municipal. Os trabalhadores estão em luta pela vacinação de todos e contra o retorno inseguro das aulas imposto pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD).
sexta-feira 30 de abril de 2021 | Edição do dia
Os professores da rede municipal de Belo Horizonte decidiram em assembleia virtual pela aderência a uma greve de caráter sanitário, com início na última segunda (26). Logo em seguida, na terça (27), os trabalhadores terceirizados votaram também em assembleia virtual por paralisações pontuais, sendo a primeira no dia 03/05, data marcada pela prefeitura para o retorno presencial das aulas na educação infantil municipal.
As demandas de ambas as categorias convergem em serem contra o retorno inseguro das aulas presenciais imposto por Kalil, e em exigência por vacinação de todos os trabalhadores.
Nesta quinta (29) estava no calendário de luta dos professores a organização de “cartazaços”, para que as demandas da greve fossem escritas em cartazes e distribuídas em locais públicos. Por isso, a juventude Faísca Anticapitalista e Revolucionária e o grupo de mulheres Pão e Rosas fizeram uma intervenção com cartazes na Prefeitura de BH como forma de apoio à luta dos trabalhadores da educação.
Nos cartazes, se lê que “Esdrúxulo e egoísta é cortar ponto dos professores!” ou também “Esdrúxulo e egoísta é não ter vacina para todos!”, pois Alexandre Kalil (PSD) declarou em entrevista à rádio Itatiaia na quarta (28) que a mobilização dos trabalhadores da educação “É uma greve inventada — essa palavra é nova — e absolutamente esdrúxula e egoísta. Ela será tratada com o rigor de uma greve esdrúxula e egoísta. É simples assim.”.
Na entrevista, o prefeito ainda ressaltou que a prefeitura irá cortar o ponto dos que não se apresentarem para o retorno presencial. A decisão de Kalil pelo retorno foi pressionada pelos empresários da educação privada. Ele ignora as condições estruturais precárias das escolas públicas para impor um retorno presencial sem a decisão da comunidade escolar e sem segurança sanitária em meio a pandemia, desprezando as vidas dos trabalhadores.
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Além da intervenção presencial, o Esquerda Diário, a Faísca e o Pão e Rosas fizeram cartazes virtuais e publicações ao longo do dia nas redes sociais para divulgar as demandas e as denúncias dos professores e dos terceirizados em luta. Siga nossas páginas no Facebook, Instagram e Twitter para estar sempre por dentro do que acontece no Brasil e no mundo. Para receber notícias de Minas Gerais, clique aqui.
Veja as fotos e o vídeo da intervenção:
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