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HOMOFOBIA NO CARNAVAL | Em abordagem homofóbica, jovens são detidos no carnaval de Salvador por darem um selinho

O designer Ciro Fico e mais dois amigos foram detidos simplesmente por terem dado um selinho em frente a um policial no carnaval da Bahia.

quarta-feira 21 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Segundo Ciro Fico denunciou em um post no seu facebook, ele deu um selinho em um amigo no carnaval em Salvador e logo foi abordado por um policial que dizia que eles deviam parar com aquele comportamento pois ali haviam famílias que não precisavam ver aquilo. Em uma abordagem completamente homofóbica, os três amigos (dois homens e uma mulher) foram autuados por desacato a autoridade e importunação ofensiva ao pudor.

Os três foram levados para a delegacia onde precisaram assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. No Boletim de Ocorrência aberto consta que Ciro Fico e o amigo causaram “constrangimento ao público presente”, e a amiga que tentou defendê-los foi acusada de “apologia ao crime ‘beijos lascivos’”. O celular da amiga, que gravou o acontecimento, foi apreendido pela polícia. Os PM ainda ameaçaram a guarda do filho da amiga quando ela respondeu que era mãe e uma família poderia ver o beijo sem problemas.

No país onde a cada 19 horas um LGBT é assassinado, a polícia militar homofóbica atua para criminalizar as expressões de amor e carinho entre duas pessoas se essas forem do mesmo sexo. Em meio ao carnaval – esse ano enormemente politizado, diga-se de passagem –, momento em que em geral a juventude toma às ruas e expressa sua restrita liberdade sexual com mais força, beijos homossexuais são considerados crimes. É preciso acabar com essa cadeia de violência que criminaliza e assassina os LGBT. Nos solidarizamos com Ciro Fico e seus amigos.




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