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Em Nova York Temer autoriza privatização em 34 áreas estruturais no Brasil

quarta-feira 28 de setembro de 2016 | Edição do dia

"Nós estamos abrindo 34 oportunidades de concessões, na área de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia, petróleo, gás... Com isso nós estamos abrindo e universalizando o mercado brasileiro, na convicção de que para combater o desemprego e fazer o país crescer você precisa incentivar a indústria, os serviços, o agronegócio, além do que se precisa restabelecer a confiança, porque houve um momento em que se perdeu a confiança no país", disse Temer, tratando de justificar o golpe institucional nos termos mais neoliberais dos anos 90.

O carro-chefe da entrega nacional é o PPI (Programa de Parcerias de Investimento) de Moreira Franco, político especializado nas privatizações dos governos FHC e Lula, dos quais foi assessor.

A privatização dos aeroportos de Florianópolis, Salvador, Fortaleza e Porto Alegre deve fazer parte do pacote a ser anunciado nesta terça. Hoje estes terminais são administrados pela estatal Infraero.

O leilão desses quatro aeroportos já vinha sendo estudado pelo governo Dilma. Ao contrário do que ocorreu nas concessões anteriores, desta vez o governo não deve exigir que os vencedores tenham a Infraero como sócia na operação, como na privatização dos aeroportos de Guarulhos, Galeão e Brasília.

Também devem fazer parte do pacote a venda de parte dos ativos da Eletrobrás no setor elétrico. Parte da CPFL já foi vendida à chinesa State Grid, como parte da viagem a negócios de Temer ao G20. O governo já havia comunicado a intenção de vender a participação da estatal em empreendimentos como usinas de geração (hidrelétricas, termelétricas), transmissoras e distribuidoras de energia.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, afirmou que haviam sido mapeadas 179 Sociedades de Propósito Específico (SPE) com participação da Eletrobras que podem ser vendidas por até R$ 20 bilhões.

A venda das operações da Eletrobrás em diversos estados do Norte e Nordeste do país, assim como a privatização de rodovias, portos e aeroportos é o cartão de visitas do governo golpista e que afetará a vida de milhões de trabalhadores que já sofriam com a precariedade dos serviços e dos contratos de trabalho. Organizar a resistência contra o neoliberalismo golpista é uma exigência de primeira ordem.




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