Ontem o STF aceitou por unanimidade a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) e declarou o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) réu pela segunda vez.
quinta-feira 23 de junho de 2016 | Edição do dia
Foto: Lula Marques/AGPT
Nesta ação, referente as contas em seu nome e de seus familiares na Suíça, Cunha irá responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica para fins eleitorais, sob a acusação de receber 5,2 milhões de reais para viabilizar um contrato da Petrobrás na África.
Além disso, Eduardo Cunha já é réu desde março pelos mesmos crimes sob a acusação de recebimento de 5 milhões de dólares em propinas por contratos de navios-sonda da Petrobrás. Seus familiares também responderão por crimes envolvendo as contas na Suíça. Sua esposa Claudia Cruz se tornou ré semana passada sob a acusação de lavagem de dinheiro e evasão de divisas de valores, que teriam vindo de desvios da diretoria internacional da Petrobrás.
Há ainda uma denúncia mais recente que o STF não decidiu se acolherá ou não que acusa Cunha de receber 52 milhões das empreiteiras que estavam atuando na obra do Porto Maravilha no Rio de Janeiro. Além disso, existem também outros procedimentos contra Eduardo Cunha na Lava-Jato, como um pedido de inquérito em sigilo e inquéritos que estão apurando se o mandato foi utilizado para beneficiar aliados; e a PGR já fez um pedido de prisão ao STF, que ainda não avaliou e aguarda a defesa de Cunha.
Cunha declarou em nota estar inconformado com a decisão do STF e alega haver uma seletividade da PGR quanto a ele. Embora o deputado afastado tenha declaro que possui confiança de que será absolvido, outros deputados afirmam que essa recente decisão do STF leva à quase certeza da cassação de Eduardo Cunha.
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