José Roberto Guzzo, fez declarações no Twitter sobre a decisão dos ministros que votaram a favor do Habeas Corpus de Lula, alegando que isso seria um “convite permanente a uma intervenção militar”.
quarta-feira 25 de abril de 2018 | Edição do dia
O editor da EXAME e colunista da revista Veja, José Roberto Guzzo declarou ontem em seu Twitter que os ministros Dias Toffoli, Lewandoski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio, do STF são um “convite permanente a uma intervenção militar”. Ele citou na sua postagem os ministros que votaram a favor do Habeas Corpus de Lula no dia 04 de abril, e tentar fazer uma pintura do judiciário (ou os ministros citados por ele) como sendo totalmente ligado aos interesses do PT e de seu líder, dizendo “Agem abertamente a serviço de um partido político e de seu chefe. Servem a um projeto de tirania.”
O colunista tenta justificar a necessidade de um regime militar, alegando o judiciário estaria tentando salvar Lula. Quando na verdade, é ao contrário. O judiciário através da Operação Lava-jato vem tomando as decisões de forma arbitraria e parcial no julgamento do Lula. Essas “pressões” também se dá continuidade após as ameaças dos generais no Twitter um dia antes do julgamento de habeas corpus de Lula.
A declaração de Guzzo é expressão bem clara do reacionarismo tanto da Veja quanto dele próprio, que já foi foco de polêmica por uma coluna extremamente homofóbica na Veja em 2012, sobre o casamento entre LGBTs, chegando a comparar a união entre dois homens com a relação entre “um homem e uma cabra”, para justificar a restrição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas também expressa a posição ridiculamente distante da realidade.