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CORRUPÇÃO | Dornelles recebeu 9 milhões de propina segundo delação do ex deputado Pedro Corrêa

O Governador em exercício do estado do Rio de Janeiro teria recebido 9 milhões em propina em 2009 para abafar a CPI da Petrobrás, segunda delação do ex deputado Pedro Corrêa.

quarta-feira 22 de junho de 2016 | Edição do dia

Publicada pelo “Estado de São Paulo”, o anexo 8 da delação do ex deputado Pedro Corrêa (PP-PE) aponta Dornelles como recebedor de propina da construtora Queiroz Galvão, na época em que o governador em exercício do estado do Rio de Janeiro era senador, em 2009. Segundo a delação, a Queiroz Galvão destinava 37 milhões à bancada do PP, pela construção da Refinaria Abreu Lima, e Dornelles recebeu o dinheiro para abafara CPI da Petrobrás.

O pagamento da propina a Dornelles só teria sido confirmado por Renato Duque a Pedro Corrêa quando este estava preso no Complexo Médico de Pinhais, durante a operação Lava-Jato, e teria sido feito pela própria diretoria da Queiroz Galvão. Já o esquema de 37 milhões seria por determinação de Paulo Roberto Costa (também delator na Lava-Jato) com o PP lhe teria sido revelado pelo ex diretor da Queiroz Galvão, Othon Zanóide Moraes Filho em conversa com Alberto Yousef (também delator). O dinheiro teria sido entregue aos políticos pelo operador Fernando “Baiano”, operador e também delator na Lava-Jato.

Pedro Corrêa aponta Sérgio Guerra (PSDB-PE) como um dos que recebeu 10 milhões destes 37, e que em conversa com Corrêa teria dito que os repassou parte deste dinheiro a Álvaro Dias (na época era do PSDB, agora é do PV-PR) e Aloízio Mercadante (PT-SP). Este esquema teria sido Pedro Corrêa havia sido condenado a 20 anos pela Lava-Jato e 7 anos e meio no mensalão, e sua delação está nas mãos do ministro Teori Zavascki, do STF, aguardando homologação.

Dornelles nega o recebimento do dinheiro, dizendo que as acusações seriam “absurdas”. Mas tendo em vista a realidade do Rio de Janeiro, um estado falido financeiramente pela farra de empréstimos com obras-superfaturadas e isenções bilionárias para as empresas concedidas pelo PMDB de Cabral e Pezão do qual Dornelles é vice, absurdo mesmo parece ser que apenas 37 bilhões tenham sido o que receberam de propina.

A Queiroz Galvão é só uma das três maiores construtoras do país, que é responsável por grandes obras no RJ como a Transcarioca e pelo final da Linha 4 do Metro. Umas das várias, contratadas para as obras faraônicas do estado e município do Rio de Janeiro para os megaeventos. O Rio já tinha ganhado destaque quando Pezão, Jorge Picciani e Eduardo “Nervosinho” Paes haviam sido citados na lista dos 300 da Odebrecht. O valor da propina, das que ficamos sabendo já que estas investigações correm em sigilo e os juízes decidem o que vêm à público, não é nada comparado com o que podemos imaginar estas mesmas empresas devem ter feito de caixa 2 superfaturando obras com o dinheiro do Estado.

Como se isso não fosse o suficiente, após falir o estado com obras que não servem a ninguém, algumas que literalmente param de funcionar com alguns dias de uso, a casta política no fim fecha um acordo aonde todos eles tem um final feliz e os trabalhadores e a população pagam a conta do rombo que criaram, como é o decreto de calamidade pública de Dornelles, que permite aos administradores fazer o que for necessário para garantir que os serviços públicos funcionem voltados unicamente à garantia das Olimpíadas.




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