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Doria, invasor de terreno público, ataca Boulos e movimento por moradia

Doria quis atacar Boulos e aqueles que lutam pelo direito a moradia, criminalizando o movimento: "Nós não invadimos propriedades". Entretanto se esquece Doria que corre na Justiça investigação contra a anexação de um terreno por ele em Campos de Jordão de forma ilegal. Enquanto os mais pobres ocupam por necessidade, Doria ocupa para expandir sua área de lazer.

segunda-feira 16 de novembro de 2020 | Edição do dia

Já aberta a disputa de segundo turno entre Bruno Covas e Guilherme Boulos na prefeitura de São Paulo, Doria aproveitou uma coletiva no dia de hoje para logo partir para cima de Boulos usando o discurso de criminalização dos movimentos por moradia: “Ainda bem que somos diferentes. Nós não invadimos propriedades”.

O playboy Doria quis atingir Boulos distorcendo sua ligação com os movimentos por moradia, criminalizando aqueles que sem recursos lutam contra a especulação imobiliária, porém o milionário se esqueceu de seu próprio histórico: Doria é investigado por anexar um terreno público ao lado de sua propriedade de forma ilegal.

No final da década de 1990, Doria anexou a área da viela sanitária, de 365 metros quadrados, ao terreno de sua casa, que ocupa um quarteirão no bairro de Descansópolis. Ele cercou com muros e portão de ferro a pequena rua, que era usada pelos moradores do local.

A anexação da área pública por Doria foi considerada irregular pela Justiça paulista, que, em 2009, determinou a reintegração de posse para o município. O tucano ignorou a determinação durante sete anos até que em 216 após reportagem da Folha, Doria desobstruiu a viela pública.

Dois meses após Doria ter devolvido a viela, o prefeito Frederico Guidoni, amigo dele, envia à Câmara projeto de lei que autoriza a venda de terrenos públicos, entre eles o desejado pelo tucano. Em fevereiro de 2018 Doria é o único participante da concorrência pela viela. A área é vendida por R$ 173 mil, parcelados em três vezes. O MP manteve a investigação contra Doria agora por improbidade administrativa.

Enquanto o milionário e político capitalista goza da impunidade, ou se beneficia de seus contatos para adquirir bens públicos abaixo do valor de mercado, ele não hesita em baixar a truculência do Estado para despejar famílias inteiras em plena pandemia, expondo ao risco de contaminação e a condições vulneráveis. Como foi o recente caso na comunidade Taquaral, em Picacicaba, no interior de São Paulo.

Enquanto a população trabalhadora não tem assegurado seu direito a moradia, devido a especulação imobiliária que transforma um direito em fonte de seus lucros, e por isso recorre a luta; Doria ocupa pelo simples exercício de seus privilégios, para se aproveitar do patrimônio público.




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