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#JustiçaPorMoïse | Dono de um dos quiosques em que Moïse foi assassinado diz que não vai ceder o local

Os dois quiosques localizados na Orla da Barra da Tijuca são grudados e Moïse trabalhou nos dois, era um mesmo local de trabalho. Eduardo Paes (PSD) disse que a prefeitura do RJ vai conceder os quiosques à família de Moïse, porém admitiu que um deles, o Biruta, exige uma tramitação na justiça. Lutar por justiça por Moïse vai muito além de conceder os quiosques e criar um memorial como prometeu a prefeitura do RJ.

terça-feira 8 de fevereiro de 2022 | Edição do dia

Foto: Agência Brasil

Moïse Kabagambe trabalhou tanto no Tropicália quanto no quiosque Biruta onde foi brutalmente espancado e assassinado por cobrar o pagamento de duas diárias. A irmã do cabo da PM Alauir de Mattos Faria, que é um dos envolvidos no assassinato, Viviane de Mattos Faria é gerente do Biruta, mas o proprietário é Celso Carnaval registrado junto à conssecionária Orla Rio que administra 309 quiosques. A concessão do quiosque é cheia de irregularidades e tramita na 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca uma ação de reintegração de posse, porém a justiça sequer localizou oficialmente Celso Carnaval ainda.

Houveram contradições nos depoimentos, pois enquanto Celso Carnaval alega ser amigo de Viviane sem saber que o irmão dela era PM, o advogado de Alauir disse que o PM é amigo do dono do quiosque. Evidentemente que ambos sabiam das irregularidades na contratação de trabalhadores e fica a questão se essa foi a primeira vez que um trabalhador foi espancado no local ou se era uma prática recorrente. A Orla Rio informou que o PM Alauir é ocupante irregular do quiosque.

Conceder os quiosques para a família de Moïse é uma reparação mínima para responder aos atos de sábado que ocorreram em várias capitais exigindo justiça. Porém, a própria justiça burocratiza o processo e após o cabo Alauir prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, a polícia decidiu que não há indícios de envolvimento do PM no assassinato. Por isso dizemos que é preciso arrancar a justiça por Moïse, porque ela não virá das instituições burguesas e muito menos da polícia do Rio de Janeiro.

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Lutar por justiça a Moïse significa ocupar as ruas contra a reforma trabalhista que permitiu com que as relações de trabalho chegassem a esse absurdo. Para isso as grandes centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT e a CTB dirigida pelo PCdoB que juntas dirigem a maioria dos sindicatos do país precisam construir um plano de luta e uma grande campanha para unir a classe trabalhadora em grandes atos de rua exigindo a revogação de todas as reformas.

Assista no Ed comenta: Como seguir a luta por justiça por Moïse




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