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ELEIÇÕES 2018 | Dono da Havan é processado por coagir trabalhadores a votar no Bolsonaro

O vídeo escandaloso feito por Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, para circulação interna em rede da própria loja dizia para os trabalhadores darem "adeus" aos seus empregos caso o candidato à presidente Jair Bolsonaro não fosse eleito. O Ministério Público do Trabalho abriu processo contra o dono da Havan, após receber 47 denúncias e avalia que Luciano esteja coagindo seus funcionários.

quarta-feira 3 de outubro de 2018 | Edição do dia

Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, protagonizou um escândalo nas redes sociais quando esta semana veio à tona um vídeo, que de início tinha como objetivo apenas a circulação interna em uma rede de comunicação dos trabalhadores, onde Luciano afirma que caso a "esquerda" ganhe as eleições, seus postos de trabalho estarão comprometidos.

Primeiro vídeo realizado por Hang onde afirma que em caso de derrota de Jair Bolsonaro até ele irá "jogar à toalha", afirmando que empregados correm "risco".

A partir do conteúdo das falas de Luciano Hang, o Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina abriu um processo contra Luciano por coação.

Neste vídeo publicado ontem (2), conforme denunciamos aqui Hang organiza um "ato" no interior de uma das lojas, onde os trabalhadores estão vestidos todos com uma camisa verde e amarela, fazendo referência à bandeira do Brasil e ao patriotismo fajuto de Jair Bolsonaro, e Luciano veste uma camiseta diretamente de apoio ao candidato. Para ele, o voto em Jair Bolsonaro é um voto "contra a volta do comunismo" e afirma que "60 mil estarão demitidos".

Para responsável pela ação Márcia Kamei Lopez Aliaga, o processo é baseado no vídeo escandaloso publicado por Hang e em mais de 35 notícias que denunciavam as intimidações de Luciano Hang contra os trabalhadores, ameaçando até mesmo demiti-los. A ação é movida contra a Havan e contra Luciano Hang, que terá que postar em suas redes sociais a decisão judicial e a quebra da decisão está passível de multa.

É inadmissível que patrões continuem intimidando trabalhadores, ameaçando e assediando aqueles que se posicionam politicamente contrários, coagindo para que votem em Jair Bolsonaro. Candidato que já sinalizou estar preparado para cumprir à risca uma série de ajustes, governando para os empresários, aplicando ainda mais brutalmente a reforma Trabalhista com a "carteira de trabalho verde e amarela". Além das declarações escandalosas de seu vice, General Hamilton Mourão, que quer acabar com o 13º salário e outros direitos dos trabalhadores.




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