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ELEIÇÕES 2020 | Dois primeiros colocados na disputa para a prefeitura de BH são os que têm mais dinheiro

O prefeito e primeiro colocado na disputa, Alexandre Kalil (PSD), recebeu 3,4 milhões em doações até o momento. O segundo colocado, João Vítor Xavier (Cidadania), tem 1,6 milhão para sua campanha. Ambos contam também com maior tempo de TV e rádio.

quinta-feira 22 de outubro de 2020 | Edição do dia

Imagem: candidatos à prefeitura de Belo Horizonte. G1

Com ampla vantagem nas intenções de voto para a prefeitura da capital mineira, Belo Horizonte, o candidato Alexandre Kalil é o atual prefeito da cidade, tem a maior renda declarada e, também, o maior montante de dinheiro recebido em doações para campanha. A totalidade do valor de R$3.495.000,00 vem da direção municipal do seu partido, o PSD. O prefeito não lidera na quantidade de tempo de TV e rádio, ficando em segundo lugar, com 2:46 minutos, atrás de João Vitor Xavier, com 3:16 minutos.

Este, por sua vez, é o segundo colocado na disputa para a prefeitura, mas aparece em grande disparidade nas intenções de voto - 4,4% contra os 64,8% de Kalil - ao mesmo tempo não fica para trás na quantidade de verba disponível para fazer campanha: R$1.657.000,00, sendo que mais de 30% desse valor provem do co-presidente da MRV engenharia. Questionado sobre essa doação na sabatina realizada pela Folha/UOL, o candidato disse não haver trocas de interesses particulares em torno desta doação.

O terceiro colocado na quantidade de dinheiro recebido em doações é Nilmário Miranda, do PT, com R$1.131.000,00. Mas, nas intenções de voto, o terceiro lugar é de Áurea Carolina, do PSOL, que conta com R$587.339,54 disponíveis. Todos os candidatos somam um montante de 11 milhões de reais recebidos em doações, com destaque para as candidatura de Rodrigo Paiva, do NOVO, partido do governador Romeu Zema; Luísa Barreto, do PSDB e ex-secretária adjunta de planejamento do atual governo estadual; e Fabiano Cazeca, um empresário multimilionário do Pros que está financiando inteiramente sua campanha.

Apenas os partidos de Áurea Carolina e Wanderson Rocha (PSTU, com R$15000 doados pelo próprio partido) têm em suas diretrizes a não aceitação de dinheiro de empresários, governos e políticos ou partidos burgueses, apesar de que, recentemente, um candidato do PSOL no Rio de Janeiro foi questionado pela origem de uma doação.

Algumas candidaturas de esquerda nessas eleições têm usado plataformas de financiamento coletivo para angariar fundos para suas candidaturas, visto que os partidos da esquerda geralmente têm menos dinheiro e prezam pelo apoio financeiro dos apoiadores políticos das candidaturas, que são normalmente trabalhadores e pessoas pobres e oprimidas. Há ainda candidaturas que mal contam com o fundo eleitoral, como é a de Flavia Valle, candidata a vereadora em Contagem do MRT por filiação democrática no PSOL. Veja o vídeo nas redes sociais de Flavia:




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