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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Dois mil trabalhadores (as) ocupam as ruas de Campina Grande (PB) no 22 M na jornada nacional de lutas

Organizados no Comitê em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores (as) e das
liberdades democráticas de Campina Grande, cerca de dois mil trabalhadores (as) ocuparam as ruas de Campina Grande (CG) no estado da Paraíba destacando diferentes categorias de professores e do comércio, assim como estudantes que se manifestaram com força contra a Reforma da Previdência que pretende impor o governo Bolsonaro.

sábado 23 de março de 2019 | Edição do dia

O comitê é uma coordenação de frente única para a luta que agrupa alguns sindicatos ativistas de uma superestrutura de esquerda em sentido amplo na cidade, assim como um conjunto heterogêneo de militantes políticos e sociais, sem unidade política, mas com unidade de ação sobre diversos temas. Entende que é central a luta contra a Reforma da Previdência, já que expressa, em outro patamar, as necessidades do governo e das classes dominantes brasileiras e internacionais de resolverem a crise orgânica, uma crise profunda econômica, política e social pela extrema direita, mudando a correlação de forças entre as classes e tentando infligir uma dura derrota à classe trabalhadora no seu conjunto.

Após uma concentração que foi crescendo constantemente na Praça da Bandeira, no centro da cidade desde às 09 horas, depois das 10h30, as ruas do centro da cidade foram ocupadas de forma massiva, bloqueando as ruas e tendo seu ápice no corte da Avenida Floriano Peixoto, a mais importante da cidade, no sentido do
Teatro Severino Cabral.

Houve participação dos professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), onde foi aprovada a paralisação na última assembleia, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), do Instituto Federal de Campina Grande (IFPB), assim como, vale destacar, dos professores da educação básica.

No caso dos docentes da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), sessão sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (ANDES-SN), destacamos uma questão de método de organização que é a assembleia de base e a comissão de mobilização integrada por docentes, estudantes e servidores para garantir as atividades precisamente pela base. Isto contrasta com o realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que até quando realizam alguma convocatória, sempre muito parcial, o fazem de forma burocrática sem mobilizar as suas bases, para depois afirmar que não se pode lutar porque as bases não querem ou se surpreender, como aconteceu com a mobilização de hoje. Para saber mais sobre a assembleia da ADUFCG que deliberou a paralisação recomendamos a leitura desta matéria.

Como apresentamos na mencionada assembleia da ADUFCG, a partir do Esquerda Diário, impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT), esta jornada de lutas e paralisações num contexto de crise nas alturas a partir das sucessivas derrotas do partido da Lava Jato frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e sua resposta com a prisão do golpista ex-presidente Michel Temer e os conflitos que isso abre entre o autoritarismo do judiciário e a casta política que quer manter seus privilégios. A aprovação da reforma da previdência é chave tanto para as distintas frações do autoritarismo Judiciário, e aqueles que fazem parte das forças da casta política do regime de 1988 na sua tentativa de sobrevivência e reafirmação das forças do autoritarismo militar. Sobre os métodos da Lava Jato e a casta política, devemos entender as disputas entre os de cima, mas tendo claro que nela a classe trabalhadora e o povo pobre nada têm a ganhar.

Por isso é preciso que nossa resposta esteja a altura do ataque, para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, e para isto não podemos seguir pagando uma dívida que é dos capitalistas e dos corruptos do Estado. Devemos levantar um programa radicalmente democrático que questione todos os privilégios da casta política, judicial e militar que governam o país, aproveitando essas crises nas alturas para impulsionar a mobilização contra a reforma da previdência e todos os ataques em curso, dar continuidade a luta na perspectiva de uma greve geral.




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