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FRENTE AMPLA | ’Direitos Já’? Veja só um resumo dos piores golpistas e empresários que há quem chame de aliado

Direitos Já? Junto dos tucanos? Do Itau? De Luciano Huck? Muito se falou sobre a frente ampla na esquerda reformista. Até que ela se concretizou, e ficou tão ampla que abrigou velhas raposas inimigas do povo.

sexta-feira 26 de junho de 2020 | Edição do dia

A esquerda reformista, do mal menor e cada vez chamar algo mais à direita como resposta frente a um perigo cada vez mais à direita, tanto falou de uma frente ampla de oposição ao Bolsonarismo, convidando Deus e o diabo, que no final da história o diabo ouviu e atendeu ao convite. Hoje às 19h ocorre o comício virtual com participação de notórios inimigos do povo, do mais podre que há na política brasileira.

Ninguém menos que o ’vampirão da Tuiuti’, Sr. ex presidente Michel "Fora" Temer, já gravou vídeo para ser transmitido durante a live mesmo que depois tenha cancelado sua participação. Outras figuras ainda mais sinistras, como José Sarney, foram convidadas.

Algo que é muito chamativo de um ato que teve vídeo gravado por Temer é que ele também contará com participação de petistas e membros do PSOL. O PT mantém sua política ambígua em relação ao ato, como foi sua postura em relação às demais iniciativas de frente ampla. Haddad e governadores (Camilo Santana e Wellington Dias) por um lado, confirmaram presença no ato, inserindo o partido por dentro, enquanto Lula fez críticas ao palanque. Essa articulação, ainda que o PT participe, tem o objetivo de tornar mais difícil que sejam Lula e o PT a liderar a oposição ao Bolsonaro. Boulos, do PSOL confirmou presença, e mesmo que o partido construa manifestações antifascistas através da Frente Povo sem Medo participa do palanque eleitoral de FHC e Huck como se isso fosse ajudar contra Bolsonaro.

Sarney e Temer confirmaram presença depois desmarcaram, mas neste ato que contará com adesão de parcela da esquerda brasileira, haverão outros direitistas de grrande renome: Fernando Henrique Cardoso, o governador tucano do Rio Grande do Sul Leite, o presidente do partido Bruno Araujo, e até o picolé de chuchu especializado em mandar a PM espancar greves e manifestações de professores e estudantes, Geraldo Alckmin. Acha que é pouco, e que tal a herdeira do banco Itaú, Neca Setubal? Ela também consta na convocatória para a live, mostrando que esta frente é bem ampla quando se trata da defesa dos interesses da classe capitalista.

Trata-se de mascarar sob uma forma "opositora", de pacificar e conter os potenciais da luta antirracista e antifascistas dentro do que seja permitido e caiba dentro jaula de ferro de uma frente que pode tudo menos defender interesses que conflitem com Itaú, com os tucanos...e até mesmo com a Rede Globo. Uma frente com golpistas, defensores do "direito já" de patronais demitirem, do direito já de governos cortarem salários de professores com faz o tucano Leite signatário do libelo. Uma frente de "aliados" contra Bolsonaro, supostamente, mas desde que os trabalhadores, os negros, a juventude, as muljeres se calem diante dos ataques capitalistas.

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Além da "velha política", também confirmou presença a "nova política golpista", com as figuras de Marina Silva (se tem o Itaú, ela não poderia faltar) e todo um time da Globo: Luciano Huck, aquele que decidiu romper com Bolsonaro anteontem, Gabeira da Globo News e Monica de Bolle do Instituto Millenium.

A frente é bem ampla mesmo, e este é o objetivo de seus criadores. Um dos seus entusiastas, Randolphe Rodrigues, Senador da REDE (ex PSOL), afirmou que queria "uma frente ampla do PSOL até o MBL. Mas quem é o MBL na fila do pão quando se tem um governador que corta salários do funcionalismo, um ex-presidente neoliberal como FHC ou a tentativa do coronel da ARENA mascarado de democrata, Sarney?

O ato é virtual somente, mas o dano de limitar as aspirações da classe trabalhadora e da juventude brasileira ao que cabe nessas amarras é real. O caminho para derrotar Bolsonaro, Mourão e toda trupe de generais que povoam seu governo não passa pelo caminho de abdicar da luta anticapitalista. Muito pelo contrário. O caminho não é o das notas de repúdio, não é o das frentes amplas com inimigos, mas aquele inspirado nas tendências de greves e manifestações que vieram a luz com a luta antirracista nos EUA. Para se enfrentar com a extrema-direita é preciso unir as forças da classe trabalhadora, e isso pressupõe combater o Itaú, a Globo, os tucanos e seus defensores diretos ou indiretos entre os trabalhadores. Sem independência de classe, sem organização e luta independente podemos nos assegurar o resultado, iremos de mal maior a mal maior.




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