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METRO SP | Direção do Metrô se silencia sobre assédio de Assessor Executivo, Eduardo Maggi

Eduardo Maggi, Assessor Executivo da empresa do Metrô, passou a ser investigado por assédio sexual por ter sido flagrado tirando fotos por baixo da saia de uma usuária de 22 anos. A diretoria da empresa se cala frente a essa situação.

sexta-feira 30 de março de 2018 | Edição do dia

Na linha azul do Metrô, uma estudante de 22 foi avisada por um passageiro que percebeu que um homem fazia fotos por de baixo de sua saia durante a viagem. Descobriu-se que tratava-se de Eduardo Maggi, um funcionário do alto escalão do Metro, atual Assessor Executivo.

Ao sair do trem, a vítima abordou Maggi, que negou ter tirado as fotos e, segundo relato da testemunha, tentou esconder que era funcionário do Metrô. No boletim de ocorrência registrado na estação Paraíso, a informação de que Maggi é funcionário do Metrô é omitida. A empresa então afastou Maggi das suas funções, como parte de abafar o caso. Seguranças do Metrô afirmaram à CBN ser orientados pela chefia a desencorajar vítimas de prestar queixa nesse tipo de situação.

Felipe Guarnieri, operador de trem do metrô de SP e diretor da FENAMETRO, declarou ao Esquerda Diário sobre o silencio do Metrô frente ao caso:

"Reina o silêncio da Direção da empresa sobre o Assessor Executivo Eduardo Maggi, flagrado tirando fotos por baixo da saia de uma usuária dentro de um trem da linha 1 no último dia 16/03. Mesmo com o flagrante, apenas dizem que "vão aguardar o resultado da investigacao". Ou sera que na realidade vão esperar o caso sair da mídia para tentar abafar internamente? Não seria uma surpresa, vindo de uma empresa que descumpre as normas legais da CIPA, para IMPEDIR o FUNCIONAMENTO DA SUBCOMISSÃO DE SAÚDE E PROTEÇÃO ÀS MULHERES. São dezenas de assédios, moral e sexual, agressões machistas físicas, psicológicas e verbais, todos os dias dentro do sistema, sejam com as usuárias, como também com as trabalhadoras efetivas, terceirizadas e jovens aprendizes. O metrô com a sua chefia por todos os meios ABAFAM essas denúncias. Ao mesmo tempo que para fora realizam campanhas de marketing preocupadas apenas em zelar pela "imagem" da companhia, enquanto as mulheres trabalhadoras sofrem cotidianamente com a violência machista institucionalizada. Nos cartazes o metrô diz "Você não está sozinha", mas nos bastidores pedem que as mulheres se calem diante as denúncias."




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