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DISCURSO DE 7 DE SETEMBRO | Dilma defende que a situação exige “remédios amargos”

terça-feira 8 de setembro de 2015 | 01:35

Em vídeo postado por meio das redes sociais, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso de mea-culpa, reconhecendo a gravidade da crise e, ao mesmo tempo, pedindo união e tolerância. "Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente", diz a presidente.

A presidente lembra que há dificuldades na economia pelo mundo, e aponta mais cortes como forma de superar a crise. "As dificuldades e desafios resultam de longo período em que o governo entendeu que deveria gastar o que fosse preciso para garantir o emprego e a renda do trabalhador, a continuidade dos investimentos e dos programas sociais. Agora temos de reavaliar todas essas medidas e reduzir as que devem ser reduzidas."

Dilma afirma que a situação exige "remédios amargos", mas "indispensáveis". "As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação por exemplo", reforça. E, em diversos momentos, destaca que a saída é a união do povo. "O esforço de todos nós é que vai nos levar a superar esse momento", diz em um trecho do discurso. "Devemos, nessa hora, estar acima das diferenças menores, colocando em segundo plano os interesses individuais ou partidários", complementa em outro.

A presidente reitera o discurso das conquistas dos últimos 12 anos. Frisa que não abrirá mão da "alma e caráter" de seu governo, que é gerar oportunidades via programas sociais. "Nenhuma dificuldade me fará abrir mão da alma e do caráter do meu governo. A alma e o caráter do meu governo é assegurar, neste País de grande diversidade, oportunidades iguais para a nossa população. Sem recuos, sem retrocessos."

Para Diana Assunção, diretora do Sintusp, “esse discuso de governo é falso, o governo nunca fez de tudo para melhorar a renda do trabalhador. Ela questiona que, “ ao contrário, durante os últimos anos quem mais lucrou com o crescimento da economia foram os grandes empresários. Todo o dinheiro gasto com programas sociais, não chega nem perto dos juros que o governo paga aos banqueiros. Agora querem que os trabalhadores e o povo engulam o seu remédio amargo, para que os banqueiros continuem lucrando. Nós não podemos aceitar”.




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