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BRASIL x EUA | Dilma avalia como “extremamente positiva” viagem aos EUA

No último dia da viagem de Dilma, a presidente conheceu o complexo da Google e declarou que a sua visita aos EUA foi “extremante positiva” para o Brasil, leia-se. "apenas para os lucros dos empresários".

quinta-feira 2 de julho de 2015 | 01:03

Dilma falou em ampliação do patamar de possibilidades “presentes e futuras” (entende-se lucros e investimentos) na relação entre os dois países, relações estas que já viemos denunciando que atendem aos interesses de lucros dos capitalistas, dos empresários e banqueiros norte-americanos. Para uma análise da viagem de Dilma leia mais aqui.

Para Obama, em declaração nesta terça-feira, o Brasil é um parceiro “absolutamente indispensável”, para as áreas de meio ambiente e mudança climática (veja mais aqui ) combate ao terrorismo e saúde.

A viagem de Dilma termina com uma visita a NASA e Universidades onde serão fechados acordos de pesquisa e cooperação tecnológica entre universidades norte-americanas e brasileiras.

Esse foi um aspecto estratégico da viagem no qual quem tem a vantagem são as grandes multinacionais dos EUA, como a Google, pois o Brasil é um importante importador de serviços e tecnologia, bens manufaturados e insumos industriais dos EUA, além de ser um grande mercado consumidor de serviços de tecnologia e comunicação.

A parceria com as universidades do EUA vem no mesmo sentido das privatizações na educação e demais serviços públicos (como na saúde, com a recente abertura ao capital estrangeiro – dos EUA – para os serviços de convenio médico) por meio de parcerias estratégicas para inovação e geração de patentes entre universidades públicas no Brasil e centros de pesquisa e empresas privadas dos EUA.

Os frigoríficos comemoram o resultado da visita de Dilma

Exportadores brasileiros de carne bovina, dentre eles grandes frigoríficos como Marfrig, BR Foods e JBS, comemoraram nesta quarta-feira a reabertura do mercado dos Estados Unidos e esperam conquistar nos próximos anos 10% das importações do produto feitas pelos norte-americanos.

O fim da restrição à compra de carne bovina "in natura", que vigorava há 15 anos, foi anunciado ontem durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Washington. Inicialmente, o Brasil deve exportar anualmente 64 mil toneladas do produto, que começará a ser embarcado a partir de setembro.

Podem se habilitar para a exportação frigoríficos de 13 estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins), além do Distrito Federal.

Atualmente, o Brasil exporta 22 mil toneladas de carne bovina industrializada aos EUA, que renderam US$ 231 milhões de faturamento.

A visita de Dilma à sede da Google

Durante a visita a sede da Google na Califórnia, a presidente afirmou a estar "enormemente impressionada" com o veículo autônomo do Google que testou. "Acabo de voltar do futuro", afirmou Dilma em entrevista à imprensa depois de um breve passeio em um dos automóveis sem motorista do Google logo após sua reunião com Eric Schmidt, presidente-executivo da empresa tecnológica.

Por sua vez, o Google anunciou hoje, durante a visita de Dilma, a ampliação de seu centro de engenharia e pesquisa na cidade de Belo Horizonte/MG, as novas instalações deverão ser inauguradas em novembro deste ano. "É uma visita muito oportuna, duas semanas antes de comemorarmos nosso décimo aniversário no Brasil", afirmou Schmidt em comunicado.

O presidente-executivo do Google destacou também que o Brasil tem "um enorme potencial de inovação na escala global nos próximos anos".

Na foto, Dilma Rousseff durante encontro com Eric Schmidt, Presidente executivo da empresa Google. Créditos: Roberto Stuckert Filho /PR

EsquerdaDiário/EFE




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