O deputado federal Jean Wyllys anunciou que abrirá mão do mandato e sairá do país. Diana Assunção, dirigente nacional do MRT lamenta a saída do parlamentar e declara: "É preciso denunciar e responsabilizar o governo Bolsonaro e Witzel por esta situação. Chamamos a mais ampla mobilização contra todos os ataques à esquerda, aos movimentos sociais e por justiça a Marielle".
quinta-feira 24 de janeiro de 2019 | Edição do dia
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), eleito pela terceira vez pelo Estado do Rio de Janeiro, anunciou hoje (24) que deixará o mandato e também sairá do Brasil. Em entrevista à Folha, o parlamentar afirmou que não voltará ao país sem previsão de retorno e passará à se dedicar à vida acadêmica. Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, afirmou que David Miranda (PSOL-RJ) irá assumir a vaga de Jean Wyllys.
Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé! ✊ https://t.co/Xy6SyDNXDy pic.twitter.com/Tf6SGmZFHq
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) 24 de janeiro de 2019
Diana Assunção, dirigente nacional do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), comentou a saída de Jean Wyllys: "Viemos denunciando as gravíssimas ameaças de morte que o deputado Jean Wyllys veio sofrendo. Hoje ele anunciou sua saída do país. O Brasil do golpe institucional tem uma ferida aberta: quem mandou matar Marielle? Com esta ferida, e o avanço do bolsonarismo, a ameaça à deputados da esquerda é crescente. Marcelo Freixo sofreu tentativa de assassinato recente." O deputado afirmou que, após o assassinato de Marielle Franco (PSOL), as ameaças que recebia anteriormente tornaram-se um sinal de alerta para ele.
"É preciso denunciar e responsabilizar o governo Bolsonaro e Witzel por esta situação. Lamentamos a saída de Jean Wyllys, rechaçamos a nojenta campanha bolsonarista #VaiPraCubaJean e chamamos a mais ampla mobilização contra todos os ataques à esquerda, aos movimentos sociais e por justiça a Marielle. É fundamental que os deputados de esquerda coloquem seus mandatos a serviço de construir essa mobilização", declarou Diana Assunção.