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GREVE NA USP | Dia de Luta na USP – Ato em defesa do Hospital Universitário e no Conselho Universitário

Hoje foi mais um dia de luta para trabalhadores e estudantes da USP. Pela manhã, ato no HU marcou a luta em defesa do hospital e do Centro de Saúde Escola. A tarde ato no CO contra o arrocho salarial.

Patricia GalvãoDiretora do Sintusp e coordenadora da Secretaria de Mulheres. Pão e Rosas Brasil

terça-feira 24 de maio de 2016 | Edição do dia

Crédito das Fotos: Luciano Souza - Trabalhador do Instituto Oceanográfico - USP

Em mais um dia de luta, trabalhadores e estudantes se uniram para “abraçar” o hospital universitário contra seu desmonte e desvinculação. Esse ato simbólico, proposto pela assembleia dos médicos, ocorrida na semana passada, repete a ação da greve de 2014, contra a desvinculação do Hospital. A ameaça de desvinculação já é antiga, mas o desmonte em curso toma cada dia novos contornos. O PIDV (plano de incentivo à demissão voluntária) provocou o fechamento de quase 300 postos de trabalho, precarizando ainda mais os serviços médicos e as condições de trabalho. A sobrecarga constante, associada à demanda da região Oeste por mais aparelhos de saúde, tem levado ao adoecimento centenas de funcionários do hospital, além da carência cada vez maior da região por mais saúde pública e de qualidade.

O Ato contou com a presença de centenas de estudantes e trabalhadores, com destaque para os estudantes da saúde que engrossam a greve estudantil para também lutar contra o desmonte e a desvinculação do HU, HRAC e CSEB.

Em seguida ao “Abraço” ao hospital, trabalhadores e estudantes seguiram em passeata até a reitoria, chamando todos os trabalhadores a defender a universidade, engrossando a greve e a luta. Enquanto seguia a passeata, os médicos realizaram sua assembleia e deliberaram greve a partir do dia 30 de maio, segunda-feira. Os eixos da greve dos médicos são: por contratação imediata de funcionários e médicos, referenciamento do pronto socorro até que se contrate e todo apoio à greve dos trabalhadores da USP.

Em seguida, novo ato aconteceu, agora para dizer ao Conselho Universitário que os trabalhadores não aceitarão o arrocho salarial que quer impor o Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo).

Em uma manobra também conhecida, o reitor da USP submeteu o reajuste proposto pelo Cruesp de 3% à votação do CO (Conselho Universitário da USP). O reitor Zago sabe bem que é uma proposta rebaixada de reajuste – em sua fala admitiu que a reposição da inflação (hoje na casa dos 10%) é justa e legítima – mas, não hesitou em defender a proposta do Cruesp contra o parecer da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP), que propunha nenhum reajuste, para, além de se “pintar” como bom moço, garantir a manutenção dos privilégios da burocracia universitária.

Essa encenação protagonizada por Zago e pelos burocratas da COP tenta maquiar o arrocho brutal a que querem submeter os trabalhadores! Numa inflação ascendente, na casa dos 10%, com arrocho já imposto pelo quarto ano seguido do VA e do VR, essenciais para o trabalhador que gasta boa parte do seu salário com gêneros alimentícios, a proposta do CRUESP é uma provocação dos reitores ao trabalhador. Soma-se a isso a precarização da universidade, sendo desmontada em processo acelerado, com clara lógica privatista para não somente elitizar o acesso, e privatiza-lo, mas avançar na terceirização e precarização do trabalho.

Contra o desmonte da USP, arrocho salarial e em defesa dos empregos e da universidade!

Veja fala de Bruno Gilga, diretor do Sintusp e representante dos trabalhadores no CO:




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