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DIA LATINO-AMERICANO E CARIBENHO PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO | Dia Latino Americano e Caribenho pela Legalização do Aborto reúne grupos feministas em São Paulo

No Dia Latino Americano e Caribenho pela Legalização do Aborto diversas atividades ocorreram no país. Em São Paulo, no Largo da Batata, em Pinheiros, foi feita uma aula pública para discutir a luta das mulheres pelo direito de decidirem sobre seu próprio corpo, além de apresentação musical de Luana Hansen e MC BrisaFlow

Fernanda PeluciDiretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe

quinta-feira 1º de outubro de 2015 | 00:21

Dia 28 de setembro, segunda-feira, aconteceu no Largo da Batata uma importante manifestação pela legalização do aborto, com mais de 150 mulheres presentes. Participaram do debate a agrupação Pão e Rosas, Movimento Mulheres em Luta (MML), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), e outros coletivos feministas.

A manifestação, que foi chamada pelo facebook com o mote "Ato pela Descriminalização do Aborto e SIM pela Vida Das Mulheres", discutiu a situação das as mulheres que hoje recorrem por abortos clandestinos, onde no mundo inteiro 70 mil mulheres morrem por ano em decorrência de abortos clandestinos, e mais 5 milhões enfrentam sequelas do procedimento mal realizado.

A discussão levantou a preocupação da aprovação da PL 5069/2013 que segue em discussão na Câmara dos Deputados, que prevê o enrijecimento na pena para as mulheres que cometerem aborto e também para aqueles que auxiliarem o mesmo (como funcionários da saúde). Hoje as mulheres que são estupradas recebem no Sistema Único de Saúde (SUS) por via de um atendimento médico coquetéis de profilaxia da gravidez (que causam aborto caso a mulher tenha engravidado no ato do estupro) e a tratamento de doenças sexualmente transmissíveis.

Caso este Projeto de Lei de autoria do presidente da Câmara Eduardo Cunha seja aprovado, a mulher necessitaria passar por um exame de corpo e delito antes de receber o tratamento médico necessário para evitar a gravidez ou adquirir doenças sexualmente transmissíveis. Este seria apenas mais um grande ataque ao direito das mulheres, pois estaria criando ainda mais impedimentos para o acesso do aborto das mulheres violentadas!

Veja fala de Marilia, metroviária demitida política e integrante da agrupação Pão e Rosas na aula pública, que falou contra a bancada conservadora que junto à Dilma Rousseff rifam a vida das mulheres, principalmente as mulheres trabalhadoras, negras e da periferia, que não podem hoje pagar por um aborto seguro, e defendeu que a esquerda hoje construa um terceiro pólo para fortalecer a luta dos trabalhadores contra Dilma e contra a direita para avançar na luta pelo direito das mulheres:

Ao final do debate, as compositoras e cantoras Luana Hansen e MC BrisaFlow se apresentaram cantando duas músicas pelo direito ao aborto e pela vida das mulheres:

Veja aqui algumas fotos do ato:




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