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TEMER GOLPISTA | Deputados do RJ e SP aceitam milhões de reais em emendas para salvar Temer

quarta-feira 2 de agosto de 2017 | Edição do dia

A pesquisa foi realizada pela agência Lupa, com dados referentes aos aumento da concessão de emendas parlamentares (e os bilhões de reais que encheram os bolsos dos deputados) depois que Temer foi denunciado no FriboiGate.

A bancada fluminense, que conta atualmente com 46 deputados, recebeu desde janeiro R$ 211 milhões. Desse total, R$ 179 milhões foram empenhados nos últimos dois meses. Ou seja, a maioria. Confira a lista completa.

Pedro Paulo do PMDB, aberto agressor de mulheres, foi o que mais recebeu dentro da bancada carioca: R$ 10.319.538,00. Seguem-lhe Francisco Floriano e Sóstenes Cavalcante, ambos do DEM de Rodrigo Maia, com R$ 9.722.953,00 e R$ 9.494.800,52, respectivamente. Figuram na lista o Cabo Daciolo, do PTdoB, com R$ 6.294.850,11, e Jair Bolsonaro (que passou do PSC ao PEN), que recebeu de Temer, R$ 2.621.077,00 em benefícios para emendas.

Trata-se de um escândalo a manipulação para benefício próprio de milhões de reais, quando o Rio de Janeiro se encontra em absoluta calamidade pública, com fechamentos de leitos em hospitais, o cancelamento das aulas na UERJ e o incêndio na UFRJ.

Deputados de São Paulo

Em São Paulo, 63 dos 70 deputados tiveram emendas empenhadas. O que mais recebeu benefícios foi Beto Mansur (PRB), com R$9,8 milhões garantidos nos últimos dois meses – ele é um dos integrantes da tropa de choque que atuou em defesa do presidente Michel Temer nos últimos dois meses. Dentre os nomeados ao benefício monetário, não poderia deixar de haver uma tropa de tucanos paulistas.

No ranking por partidos, o PMDB aparece como o maior beneficiário das emendas empenhadas pelo governo federal nos últimos dois meses. Seus deputados receberam R$ 284,3 milhões (12,1% do total). O PT fica em segundo, tendo recebido R$ 266,4 milhões em emendas em junho e julho. Na sequência, os partidos mais beneficiados foram PP (R$ 237,5 milhões) e PSDB (R$ 218 milhões). Juntos, esses quatro partidos – que têm as maiores bancadas da Câmara – abocanharam quase 43% do total empenhado pelo governo federal em emendas, até agora.

Dezessete deputados receberam mais de R$ 10 milhões em emendas parlamentares empenhadas pelo governo federal nos últimos dois meses. Os deputados Domingos Neto (PSD-CE) e Vitor Valim (PMDB-CE) empatam na liderança do ranking, com R$ 10,7 milhões. Em seguida, aparece o deputado Cabo Sabino (PR-CE), com R$ 10,6 milhões.

É um escândalo que além de seus salários astronômicos, os deputados ainda manipulem milhões de reais para beneficiar seus negócios com outros políticos e empresários. Todo político deve receber o salário médio de um trabalhador, que não pode ser inferior ao estipulado pelo DIEESE (hoje em R$4000,00). Além disso, devem ser revogáveis a qualquer momento, destituídos de quaisquer regalias com o dinheiro público, algo aberrante quando se vê a catástrofe social no Rio de Janeiro.

Para acabar com esse desperdício de dinheiro público que rouba o que deveria ser da população e dos trabalhadores por direito, é necessário retomar o caminho da greve geral.

Com os trabalhadores se organizando para fazer Temer cair com as próprias mãos anulando as reformas que já passaram e impondo uma assembléia constituinte onde possa pensar medidas para por fim as privilégios, estatizar as empresas corruptas, aumentar o financiamento na educação, saúde a partir do fim do pagamento da divida pública e da anulação da PEC 55.




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