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REFORMA POLÍTICA | Deputados buscam acordo para garantir mais dinheiro aos partidos patronais

A Câmara de Deputados deveria votar a partir das 9h desta quarta-feira (23) a reforma política. Entre as mudanças, o sistema eleitoral proposto é o modelo "distritão" para o ano que vem e a criação de um fundo público bilionário para custear as campanhas dos mesmo políticos corruptos que hoje controlam o regime. Ainda não há nem horário definido para a sessão porque permanecem sem acordo.

quarta-feira 23 de agosto de 2017 | Edição do dia

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Os parlamentares calculam que não possuem votos suficientes para aprovar o texto base da PEC por inteiro e, por isso, querem apreciá-lo em separado para evitar que seja barrado por completo. Isso derrubaria, logo na primeira votação, o fundo eleitoral de R$3,6 bilhões destinado aos mesmos partidos corruptos que já controlam o regime. A oposição não aceita fatiar a votação.

O principal entrave está em partidos do Centrão contrários às mudanças do "distritão" ou mesmo às sugestões de adaptar o sistema majoritário. Eles entendem que o modelo enfraquece as legendas. O PR, por exemplo, cuja bancada conta com 38 deputados, orientados pelo dirigente Valdemar Costa Neto (SP), condenado no mensalão, está irredutível contra o "distritão". Sem esses votos não é possível também garantir o fundo bilionário.

Outras duas comissões especiais sobre o tema vão começar apenas à tarde. A da PEC 282/16, que propõe fim das coligações partidárias em eleições proporcionais e estabelece uma cláusula de barreira para acesso a recursos do Fundo Partidário e ao horário eleitoral, foi transferida para as 15h. Caso se conclua a votação do parecer da relatora, deputada Shéridan (PSDB-RR), ela pode ser levada de imediato ao plenário e passar à frente da PEC 77, pois é um ataque direto à esquerda sobre o qual os principais e mais podres partidos do regime podem chegar a um acordo mais facilmente.

A comissão que analisa mudanças em regras de partidos e eleições, dando, por exemplo, 90% de desconto em multas dos partidos, de acordo com relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP), deve começar às 14h.

Com informações da Agência Estado.




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