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DILMA NA ONU | Depois de negociatas com a direita no Brasil, Dilma apela por respeito imperialista à democracia

A presidente Dilma Roussef viajou aos Estados Unidos nesta quinta para assinar o Acordo de Paris em reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova Iorque. Em seu discurso de hoje pela manhã (22), que se dedicou mais as questões climáticas referentes ao acordo, finalizou dizendo “Não posso terminar minhas palavras sem mencionar o grave momento que vive o país.”.

sexta-feira 22 de abril de 2016 | Edição do dia

Na sequencia, continuou de forma menos contundente do que o esperado pela mídia golpista brasileira, que dizia que Dilma viajara para angariar apoio contra o impeachment e que discursaria contra o "golpe de estado" se referindo ao golpe institucional em curso no país. “A despeito disso, quero dizer que o Brasil é um grande pais, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia. É um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos", afirmou a presidente.

Dilma ainda finalizou agradecendo aos líderes que expressaram a ela sua solidariedade e deve conceder entrevistas a pelo menos dois jornais internacionais ao longo do dia e depois retorna ao Brasil ainda hoje.

Com base apenas em discursos desse tipo, que visa se apoiar em um certo receio imperialista de instabilidade e acirramento da luta de classes no país, não será possível barrar o golpe institucional em curso e os ajustes dos governos contra os trabalhadores e povo pobre. O PT já demonstrou que está disposto a fazer negociatas pelo alto, como fez com a direita brasileira no período pré votação do impeachment na câmara e provou como, ao aderir os métodos reacionários desses canalhas, não é capaz de apontar nenhuma saída pela esquerda a crise política.

Dilma não cita o golpe institucional, mas fala em "combate aos retrocessos" e, ao agradecer à solidariedade das autoridades que se solidarizaram com ela, apela à razão daqueles imperialistas que nos últimos anos apoiaram o bombardeio da Líbia ou a derrubada de Morsi no Egito, para citar alguns exemplos da "ânsia democrática" desses líderes nos quais busca apoio.

Ainda é tempo de barrar o golpe e os ajustes construindo fortes mobilizações e apoiando as que estão em curso para que vençam e sejam exemplo para milhões de trabalhadores em todo o país, como a forte luta dos professores e estudantes do Rio de Janeiro hoje. Para isso precisamos exigir das centrais sindicais e entidades da juventude como CUT, CTB, UNE etc deixem de servir como blindagem ao PT e construam conjuntamente um plano de lutas com os métodos da classe operária para barrar o golpe e os ajustes dos governos.

Continue acompanhando a repercussão da viajem de Dilma ao longo do dia pelo Esquerda Diário.




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