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FARRA DA FIESP | Depois das marmitas gourmet da Paulista, os patos de borracha de Brasília

A Federação das Indústrias de São Paulo colocou nesta terça feira (29) cinco mil mini patos infláveis em frente ao Congresso Nacional em Brasília. A FIESP pretende instalar um pato de 20 metros de altura no local, idêntico ao que foi instalado em frente ao prédio da entidade na Avenida Paulista em São Paulo. No Rio de Janeiro e Salvador, a FIESP também montou patos de borracha.

quinta-feira 31 de março de 2016 | Edição do dia

A farra da FIESP com o suor dos trabalhadores continua

No artigo ‘’Impeachment com ‘marmita’ Gourmet: A farra da FIESP com o suor dos trabalhadores’’ que eu escrevi para este site no dia 18/03/2016, afirmei que a ‘quentinha’ oferecida pela entidade para os manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente Dilma era bancado com o suor dos trabalhadores que estão sendo demitidos e que estão perdendo seus direitos elementares.

Agora, a FIESP se dá o luxo de bancar cinco mil patos em frente ao Congresso Nacional para reivindicar que os grandes empresários não paguem pela crise capitalista que o país está passando.

Isto só mostra que o discurso que os grandes empresários de que não tem dinheiro e por isso as indústrias estão demitindo e fechando é uma tremenda de uma falácia. Se a principal entidade patronal tem condição de fazer ‘marmita gourmet’ na Paulista, de comprar patos de borracha para colocar em frente ao Congresso Nacional e também pagar dezenas de milhões de reais para fazer propaganda nas páginas do Estadão, do Correio Braziliense e na Folha de São Paulo, significa que estes grandes empresários não estão ‘mal das pernas’ como dizem estar.

Enquanto isso, os trabalhadores seguem sendo demitidos pelas as grandes indústrias representadas pela FIESP, os salários estão sendo atrasados, inúmeros postos de trabalho estão sendo terceirizados com o apoio desta entidade patronal que apóia o PL 4330 e os direitos estão sendo retirados. Quando a FIESP faz propaganda do seu pato de borracha, ela quer dizer que os trabalhadores vão pagar pela crise capitalista e não os grandes empresários na qual ela representa.

A FIESP está mobilizada pelo Impeachment da Dilma, pois os ataques que o atual governo do PT está aplicando contra os trabalhadores não está lhe agradando. Por isso que esta entidade patronal quer tirar a Dilma para colocar um governo mais ajustador, onde os mesmos podem fazer seus acordos espúrios para serem favorecidos com os ataques contra os trabalhadores que um governo pós impeachment vai aplicar. Como afirmei no outro artigo, toda esta farra é com o suor dos trabalhadores para poder atacar os próprios trabalhadores.

Uma pequena investigação feita pelo o site Esquerda Diário, a propaganda da FIESP pelo impeachment na Folha que saiu ontem nas 14 folhas do jornal custou em média em torno de 2.783.610,63. Já no jornal Estadão custou 2.505.048,00.

Agora se juntar com o dinheiro gasto com ‘marmita gourmet’ oferecida na manifestação pelo impeachment da Dilma em São Paulo, com os patos de borrachas para serem colocados em Brasília e com os anúncios feitos nos principais jornais de São Paulo, tem-se nas mãos os indícios da indigência mental de uma burguesia tão estúpida quanto seus sonhos infantilizados de patinhos de borracha.

De acordo com o site do O Globo, a empresa Big Format localizada em Guarulhos que faz os patos infláveis da FIESP e também os pixulecos aumentou o seu lucro em 20%. De acordo com o diretor desta empresa, Denys Souza conta que o ‘’pato já deu retorno. Uma ação como essa chega a fazer a procura crescer em 10%. Esses atos foram muito positivos para a gente. Divulgaram os infláveis a um publico que não os conhece’’. De acordo com o próprio site, a empresa já fabricou cinco mil patos de quarenta e cinco centímetros para a FIESP.

Quem tem que pagar por esta crise econômica que o país está passando são os empresários que estão por trás da maior entidade patronal e o restante dos capitalistas que lucraram muito nos governos de Dilma e a Lula. Não podemos confiar nenhum milímetro no impeachment da FIESP, pois está a serviço dos grandes empresários e banqueiros e contra os trabalhadores e o povo pobre, e a batalha contra as manobras do Judiciário que favorecem um golpe institucional, e fazem o jogo deste impeachment (como é o debate da cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE), é a melhor maneira de organizar um plano de luta nacional contra os ajustes e ataques do governo do PT, exigindo que as centrais sindicais como a CUT - que são cúmplices da FIESP ao paralisar qualquer luta dos trabalhadores contra as demissões - rompa sua subordinação ao governo e encabece uma luta séria contra o impeachment e estes ataques do governo Dilma.

É urgente que a CSP-Conlutas e sua ala majoritária, o PSTU, revejam sua posição e coloquem a luta contra o impeachment como um dos eixos principais do ato convocado para este 1/4, sob pena de mobilizar setores de trabalhadores com uma política que faz o jogo da direita da FIESP, Moro e da Rede Globo.




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