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ASSÉDIO NA COPA | Denuncias de assédios à mulheres na Copa do Mundo não são levadas à sério pelas autoridades

A Copa do Mundo de futebol na Rússia chega à sua reta final e quase completando um mês do início da competição, casos de mulheres vítimas de sexismo mostram o lado machista que ainda assombra o futebol.

sexta-feira 13 de julho de 2018 | Edição do dia

A ONG Fare Network, que atua juntamente com a entidade máxima do futebol a FIFA, divulgou por meio de seu diretor Piara Powar na última quarta-feira (11/07) 45 casos de assédios contra mulheres, sendo 30 torcedoras e 15 jornalistas.
Um dos casos mais emblemáticos, está o de brasileiros que assediaram uma russa, onde eles estimulam a mulher a repetir palavras ofensivas de cunho sexista aproveitando-se da barreira do idioma. O vídeo foi postado em uma rede social e causou uma grande revolta popular contra os autores do assédio.

Luciano Gil Mendes (ex-membro do CREA-PI), Diego Jatobá (advogado e ex-secretário de turismo de Ipojuca-PE) e Eduardo Nunes (tenente da PMSC) foram identificados como autores do assédio.

Os personagens desse assédio que foram à Rússia acompanhar a seleção brasileira na copa, se caracterizam por serem integrantes de uma classe elitizada que mantem um padrão de vida muito acima da grande maioria dos torcedores brasileiros que ficaram no país torcendo pela sua seleção. De acordo com o blog Quanto Custa Viajar, o gasto para ir à Rússia e acompanhar a seleção é de aproximadamente R$ 15.000,00 (Quinze mil Reais), ou seja, quase um ano e meio de trabalho para empregados que recebem atualmente R$ 954,00 de salário mínimo, que é a remuneração mensal da maioria dos trabalhadores no país.

Na Rússia, onde a Copa do Mundo está sendo disputada, o machismo é dominante e as mulheres de lá praticamente não tem apoio na luta contra o machismo, pois no país não existem leis contra o assédio sexual e as denuncias de assédios não são levadas à sério pelas autoridades do país. E é nesse cenário que o presidente do COL (Comitê Organizador Local) o russo Alexey Sorokin minimizou os casos de assédios contra mulheres no mundial afirmando que os casos são incidentes conhecidos por ele e que não enxerga um grande problema esses fatos.

Casos como esses de sexismo, preconceito e intolerância são absorvidas pelo o futebol que a cada dia torna-se mais capitalista e trazendo consigo todas as mazelas do capitalismo, desconfigurando os princípios do futebol que são o respeito e a integração de todos os envolvidos com o esporte.




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