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LAVA-JATO | Delfim Netto é suspeito de receber R$ 15 milhões em propinas por Belo Monte

sexta-feira 9 de março de 2018 | Edição do dia

Delfim Netto ex-ministro da Fazenda na década de 70, durante a Ditadura Militar, e ex-deputado federal, é o principal alvo da nova fase (a 49ª) da operação Lava-Jato. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) ele é suspeito de receber 10% da propina que foi destinada ao MDB e ao PT pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Em 2010, ainda durante o governo Lula, a construção de Belo Monte foi leiloada entre diversas construtoras. Delfim é suspeito de receber um valor correspondente à 10% de um valor pago por empresas do consórcio Norte Energia para que tivessem vantagens no leilão da usina. MDB e PT receberiam 45% cada do valor pago pelas empresas.

Segundo o MPF já foram identificados pagamentos totalizando valores superiores a R$ 4 milhões, com envolvimento de empresas como Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, Andrada Gutierrez e J. Malucelli, todas elas integrantes do consórcio Norte Energia. As estimativas da Lava-Jato são de que Delfim Netto teria recebido cerca de R$ 15 milhões em propina por favorecimentos na construção de Belo Monte.

Sergio Moro expediu pedido de busca e apreensão para o endereço de Delfim Netto em São Paulo. Além do ex-ministro, e também de seu sobrinho, Luis Appolonio Neto, outros oito nomes tem mandatos expedidos por Moro para essa etapa da operação Lava-Jato.

Em meio às dezenas de milhões de reais envolvidos em propinas nas licitações e na construção de Belo Monte, não se pode esquecer que a construção da usina gerou a destruição de diversas comunidades ribeirinhas, e com as casas e vidas de diversas pessoas.




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